Buenos Aires inaugura o maior centro de convenções da América do Sul

Um dos últimos atos como prefeito de Buenos Aires, Mauricio Macri, recém-eleito presidente da Argentina, inaugurou o novo Centro de Convenções da cidade.

Um Centro de Convenções amplo e moderno era uma das principais reinvindicações do setor turístico há muito tempo. Um lugar de encontros para grandes eventos dará à cidade relevância no segmento MICE, reforçando o prestígio que já ostenta. Apesar do Brasil, segundo a ICCA, ser o país que mais capta eventos na América do Sul, já há alguns anos Buenos Aires é a primeira da região, acima de Santiago do Chile, São Paulo e Rio de Janeiro.

A inauguração do novo centro de convenções, além de aumentar a competitividade portenha no contexto latino-americano, irá permitir a realização de eventos de maior porte, fortalecendo ainda mais a posição de Buenos Aires na região e no mundo.

Com 18 mil m² de área total e uma Plenária que pode receber mais de 5.000 pessoas, em seus 4.800 m², seu projeto se destaca por não romper com a harmonia do espaço verde que conforma o Parque Thays, a Plaza Francia, a Faculdade de Direito e o Parque de las Naciones. A construção, semi subterrânea, conforma um grande parque publico com montes e trilhas, áreas de descanso e mirantes.

Construído no coração de Buenos Aires, em plena Recoleta, entre a Faculdade de Direito da UBA e o Parque Thays, foi construído na área do antigo Convention Center (CEC) de Buenos Aires, que 45 anos atrás foi o primeiro local da Feira do Livro, o novo prédio, com o triplo da capacidade do anterior, subterrâneo, permite a integração do Parque Thays com o Parque de las Naciones e com o meio ambiente da Faculdade de Direito.

O Centro de Convenções da Ciudad de Buenos Aires foi construído em tempo recorde. Desde que foi anunciado o resultado do concurso que elegeu a proposta, em 2013, apenas dois anos se passaram entre a demolição do antigo centro de exposições até a inauguração do novo prédio.

Completamente underground - o empreendimento é equipado com os mais recentes sistemas de produção de energia renovável, com instalações que irão alimentar painéis solares instalados na parte externa. Suas cinco salas acomodam eventos de cerca de 7.000 pessoas e o principal espaço, divisível em três, terá capacidade para mais de 5.000 participantes. Além disso, terá salas auxiliares e um hall de entrada ligado à futura estação de metrô.

Na conferência de imprensa durante a visita às instalações, o ministro do Desenvolvimento Urbano, Miguel Chaín disse que "o projeto foi pensado como um parque com um centro de convenções e não vice-versa. Por isso, fizemos um concurso nacional e o vencedor foi aquele que melhor respondeu a esta demanda. Portanto, temos um centro de convenções com um parque que o envolve e o cobre".

"O centro foi projetado para desenvolver as convenções para trazer mais divisas e empregos para a cidade”, mas fazê-lo operar plenamente “é um trabalho que leva tempo e, enquanto está em baixa, pode ser usado para exposições e outros eventos de temporada”, disse Chain.

“Com este novo centro, a cidade torna-se um destino de excelência para congressos, convenções e turismo, reforçando seu caráter cosmopolita. A dívida da cidade com o setor, um segmento que traz mais valor agregado e divisas, que agora poderá competir com muitas outras cidades não têm um lugar como este. Temos certeza de que seremos capazes de aumentar o número de visitantes, tanto da Argentina e do mundo".

A imprensa local assinala que, desde que, em 1908 a cidade inaugurou o Teatro Colón gerando um símbolo que marcou Buenos Aires com uma luz especial, mirado de maneira distinta pelo resto do mundo e, no final dos anos 50, inaugurou o Teatro San Martin, mais um marco para a cidade, não se edificava monumento com a mesmo magnitude, dando a Buenos Aires a importância de uma grande cidade de nível internacional, colocando-a no concerto das cidades globais.

Os argentinos estão eufóricos, “é sem dúvida o maior projeto de infraestrutura realizado pelo Turismo portenho”, levando muitos que criticavam a gestão do Turismo do governo Macri, a dizer que “hoje ele compensa com um magnifico trabalho”.

“Salud Buenos Aires, Habemos Convention Center!”