Executivos de Digital discutem evolução da ferramenta no contexto do Live Marketing

O último painel das atividades do Comitê o Valor do Live Marketing, durante o 2º Congresso Brasileiro de Live Marketing, neste dia 27, em São Paulo, reuniu algumas das principais empresas de Digital para discutirem o crescimento desta ferramenta e sua importância no Live Marketing brasileiro.

Nina Camargo, estrategista de contas do Google, Cristiane Camargo, diretora executiva do IAB Brasil e Marcelo Pacheco, diretor de negócios do Facebook participaram dos debates, moderados por Celio Ashcar Jr., sócio-diretor da aktuellmix e Marcelo Heidrich, CEO da Ponto de Criação.

Cristiane Camargo apresentou dados do IAB Brasil que indicam que 90% da população brasileira terá acesso à internet até 2018 (atualmente a taxa é de cerca de 60%) e o investimento previsto para o Digital deverá ser de R$ 9,5 bilhões em 2015.

Já os dados sobre o Facebook, trazidos por Marcelo Pacheco, mostram que 94 milhões de pessoas passam somente por esta rede social diariamente. Dos usuários de aparelhos mobile, a média de acessos – desbloqueios – do celular é de 100 vezes por dia, por usuário, e 10 a 15 acessos diários à rede social. Dos 10 aplicativos mais usados, os quatro primeiros pertencem ao Facebook, entre eles o Instagram que, o Brasil é a 2a maior comunidade atras apenas dos EUA, atualmente são 300 milhões de usuários no mundo. “O celular oferece possibilidade de alcançar pessoas a qualquer hora do dia, o prime time é esse. A evolução do Digital está influenciando a jornada do consumidor, as pessoas esquecem a carteira, mas não o celular”, comentou Pacheco.

A opinião é compartilhada por Nina Camargo. “Nós não estamos online, nós vivemos online. Não tem mesmo mais diferenciação, já não consigo imaginar a vida offline”. Para ilustrar, a executiva comentou sobre dois cases, o Google Cardboards, para a Renner, que permitiu que clientes, jornalistas e outros públicos tivessem uma experiência imersiva ao “viverem” o processo criativo dos designers de moda por meio de um pequeno aparelho, uma espécie de óculos de realidade virtual. E o case Challenge All in or Nothing, uma ativação para a Adidas na Copa, que encheu mais de estádios do Maracanã em número de usuários participantes.

“As coisas estão convergindo numa velocidade mais rápida do que imaginamos. Os óculos citados pela Nina são uma realidade que vai acontecer no Brasil já no primeiro trimestre do ano que vem, vai inserir o usuário dentro dos cenários e proporcionar experiências. As pessoas não vão mais precisar ir à concessionária pra ver um carro novo, por exemplo”, antecipou Pacheco.

O painel também comentou sobre os cuidados que as agências precisam ter ao pensarem campanhas que envolvem ferramentas como o Facebook, Instagram e Youtube. “As pessoas estão consumindo as coisas de um modo diferente. Os canais se comunicam de forma diferente. Um vídeo, para funcionar bem no celular, precisa ter 10 segundos e priorizar a mensagem, bem diferente de um filme para a TV, que é mais longo e pode começar com um conteúdo adicional, para depois passar a mensagem principal”, lembrou o diretor de negócios do Facebook.

“É importante, acima de tudo, que as agências sejam genuínas. E elas devem pensar nos canais não apenas como meios de contato, mas como veículos de projeção, que podem personificar as marcas. Porém, se não houver genuinidade, não dá pra dar andamento em qualquer campanha”, enfatizou Nina Camargo.

O 2º Congresso Brasileiro de Live Marketing acontece até o dia 28 de julho, no Centro de Convenções Rebouças.