Como integrante do Grupo de Trabalho de Autorregulamentação, criado na 24ª Reunião Executiva do Fórum do Setor de Eventos (ForEventos) de agosto último em São Paulo, a Associação das Agências de Turismo Operadoras de Eventos (Eventpool/Brasil) vai buscar uma harmonização nas relações comerciais do setor, de forma a trazer benefícios a todos os integrantes da cadeia produtiva.
Segundo o diretor da entidade, Abraham Gurvitch, entre os pontos geradores de conflitos destaca-se a busca por preços mais baixos sem a devida avaliação das varáveis: “quem só percebe preço, não percebe valor”, diz Abraham. Da mesma forma, quando o cliente não compreende o valor do serviço que será prestado, cabe à empresa ajudá-lo a perceber. Um dos maiores desafios que ele percebe como diretor da agência Ecology Turismo/SP são os critérios duvidosos das grades tarifárias (hotéis/aéreos), principalmente quando os fornecedores oferecem tarifas mais altas do que os canais de vendas ‘on-line’ do mesmo produto. Além disso, existem cláusulas contratuais padrão para vários tipos diferentes de eventos, o que tornam alguns contratos adequados para alguns e inadequados para outros. Aqui alguns destaques da entrevista:
Quais os principais desafios que as agências de turismo sofrem no mercado?
Abraham- Aqui em São Paulo vemos as companhias aéreas reativando departamentos de congressos e eventos, mas com dificuldades de entender as necessidades deste nicho de mercado para poder atendê-lo adequadamente. Hoje, cada um defende o seu lado, sem enxergar o todo e sem ter a percepção necessária das ‘benesses’ da construção de um destino amigável aos eventos.
De que forma o ForEventos pode direcionar essas sugestões para uma solução efetiva dos problemas?
Abraham -Por reunir entidades representativas da cadeia produtiva dos eventos, creio que o ForEventos reúne todas as condições para realizar discussões profundas, imparciais e assertivas para a evolução da atividade em nível nacional.
Qual os ganhos da Eventpool/Brasil com a participação nesse Fórum?
Abraham- O maior ganho é aprender e entender as atividades relacionadas a eventos para se situar dentro da cadeia produtiva, se posicionar e propor procedimentos e inovações para contribuir com a evolução da atividade. Como consequência natural, ser profissionalmente conhecida e reconhecida pelo trade.
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