O evento aconteceu no Golden Hall, no complexo WTC São Paulo, no Brooklin, entre os dias 15 e 16 de março e reuniu palestrantes nacionais e internacionais, além de formadores de opinião, representantes do Governo e profissionais representativos do setor de turismo do Brasil.
Um dos temas debatidos no Fórum Panrotas 2016 foi gestão em tempos de crise, desafios e oportunidades no atual momento econômico, as estratégias de países vizinhos – Argentina e Chile–, as ações do Governo e o impacto no mercado, e novos ciclos começando em diversos segmentos do Turismo.
Guillermo Alcorta, presidente da Panrotas, abriu o segundo e último dia do Fórum afirmando a importância, para o aprendizado e desenvolvimento do setor de turismo, da nova geração de empreendedores. Foi o início de uma manhã dedicada a eles e a startups. Marco Camhaji, sócio da RedPoint, parceira do Banco Itaú no projeto Cubo, de aceleração de startups e promoção do empreendedorismo; Juliano Fatio, diretor da 99Taxis; Lucas Foster, fundador da ProjectHub, primeira rede internacional para empreendedores da economia criativa estabelecida no Brasil; José Papo, gerente de relações com startups do Google; e Ana Araújo, CEO do Mundi, debateram temas como o impacto das novas tecnologias no setor de turismo e como atender as necessidades das novas gerações.
Em seguida, Renato Meirelles, CEO do Data Popular, atualizou dados sobre hábito de consumo no mercado de viagens. Segundo ele, cerca de 30 milhões de brasileiros nunca viajaram de avião e têm dúvidas comuns sobre temas básicos, como check-in e hospedagem. O estudo, feito com pessoas das classes C, D e E, mostrou que 71% dos entrevistados nunca consultou uma agência de viagens. Para Meirelles, esta é uma oportunidade que deve ser explorada pelos agentes.
Fabiana D’Atri, economista coordenadora do Departamento de Pesquisas e Estudos Econômicos do Bradesco, afirmou em sua palestra que não recomenda tão cedo viagens ao exterior. O câmbio, segunda ela, deverá manter-se no patamar de R$ 4 neste ano, e de R$ 4,20 em 2017. O setor de serviços, que inclui o de Turismo, tem queda prevista de 3,5% em 2016, voltando a crescer 1% no ano que vem, e 2,5% em 2018, de acordo com as análises de Fabiana.
O painel seguinte contou com tradicionais empresas do setor de viagens: Alatur JTB, representada pelo CEO Eduardo Kina; Rextur Advance, com o CEO Eduardo Sanovicz; Hotel Urbano, com o CEO Maurizio de Francicis; AccorHotels, com o CEO para a América Latina Patrick Mendes; e Air France KLM, com a diretora de vendas Adriana Cavalcanti. O tema foi os novos ciclos das empresas que representam. Consumidores mais exigentes, investimento em novos produtos e fusões dominaram o debate.
Mauricio Salvador, presidente da Associação Brasileira de Comércio Eletrônico, apresentou na sequência a evolução do e-commerce no Brasil e novas tendências, como dados que afirmam que os consumidores desses canais preferem a comodidade em detrimento ao preço. Logo após, Eduardo Kobra, o famoso artista de rua brasileiro já famoso também no exterior, contou sua trajetória de vida, da periferia aos grandes centros urbanos mundo afora.
O evento foi encerrado abordando os temas de distribuição e consolidação de viagens, com Julie Kyse, vice-presidente de transporte da Expedia, agência de viagens online com atuação global e dona de marcas como Hotels.com, Trivago e Orbitz, e Wade Jones, vice-presidente sênior de marketing da Sabre Travel Network, fornecedor de soluções de viagens e maior sistema de distribuição do mundo.
Comentários