Evento discute a polêmica relação entre cliente e fornecedor

Painelistas estiveram reunidos na tarde desta segunda para falar sobre os dilemas enfrentados no cotidiano da relação de trabalho.

O Fórum Eventos 2014 também abordou questões polêmicas envolvendo o universo profissional do setor, bem como os dilemas enfrentados no cotidiano. O presidente da mesa, Alexis Thuller Pagliarini, presidente do MPI Brasil falou que as agências têm sido procuradas para apresentar soluções momentâneas, caindo em uma vala comum no que diz respeito a aspectos relacionados com os clientes.

Marco Barcellos, diretor de marketing da Cisco do Brasil disse que um ponto crucial nesta relação é o equilíbrio na atitude do gestor e a responsabilidade na execução, planejamento e entrega do produto ou serviço. “É preciso compartilhar as tarefas dentro da sua agência, envolver o fornecedor em todo o processo criativo, fazer ajustes e corrigir erros”, afirmou. Barcellos complementou ao confessar que não acredita em um evento não conectado ao negócio, sem objetivos muito claros.

Ronaldo Bias Ferreira, da Agência Um, comentou sobre o jogo do empurra-empurra existente no mercado e a obrigação de se trabalhar com uma agência que acaba vencendo um processo licitatório ao apresentar custos mais baixos, mas, não necessariamente, um produto de boa qualidade. “Muitas aceitam trabalhar por valores baixos, sem ser sustentáveis”.

Na opinião de Andréa Beatrix, da Companhia do Marketing, a palavra da vez é o envolvimento. As empresas precisam crescer e ter em mãos uma gama de parceiros que saibam vivenciar suas necessidades, funcionando como uma espécie de braço do marketing. “O setor privado, às vezes, não quer compartilhar informações com este público. Mas todo mundo tem de ganhar e, para isto, deve-se ter uma relação saudável e diálogo aberto”.

Fabiana Schaeffer, da Netza Comunicação acrescentou ao dizer que qualquer relação tem de ser boa para ambos os lados, caso contrário não é parceria, e sim imposição. “A situação do job a job acaba custando caro ao cliente. A competição é grande e os prazos costumam ser curtíssimos. Isto acaba promovendo a promiscuidade, onde o profissionalismo e resultados são afetados”, falou ela.

Fabiana acrescentou ainda que é preciso ter cuidado ao se viver uma cultura acelerada e educar o público interno para realizar o melhor possível dentro do prazo estipulado. “Temos de aprender a dizer não com gentileza e, assim, ter cuidado com a imagem da empresa”, foi a mensagem final dada.