“Os eventos ligam as pessoas fisicamente em todo o planeta”. Esta foi uma das frases citadas pelo especialista Carlos Coelho, especialista em criação e gestão de marcas e responsável por conduzir centenas de projetos de marcas mais relevantes em Portugal, como o Multibanco, Yorn, RTP, TAP Portugal, Leya e Sonae. Segundo ele, 50% das informações são geradas por pessoas comuns. “Nós humanos, somos seres multisensoriais e estamos abertos a novas experiências. Já as marcas estão relacionadas a momentos de interação em todos os lugares”, falou.
Coelho ressaltou que cheiros e sabores – “o mundo é um lugar aromático” – são os pilares da nossa memória e a realidade é melhor compreendida subjetivamente. Os sentidos, por sua vez, são conduzidos pelo contexto. Carlos citou o projeto de marketing de destino desenvolvido para divulgar as ondas gigantes encontradas na costa portuguesa e o desafio de levar a emoção de surfar em estandes de feiras de turismo na Europa. A promoção contou com a presença também de cabeleireiros que fizeram penteados simulando a elevação da água no público, tanto em homens como mulheres. “Desconfiem de marcas que tentam fixar uma relação muito rápida. O produto precisa ter determinado valor”, disse.
CEO da CPL Events, e com uma longa e respeitada carreira na indústria de eventos, a inglesa Linda Pereira chegou perto do público para reforçar a importância do profissional da área ser curioso, ter fome de conhecimento e criar novidades. “Vocês precisam ser produtores de soluções. Um evento pode ser diferente, informativo, transformativo e formativo. As campanhas devem seduzir, temos de contar uma história e fazer parte dela”, reforçou.
A palestrante, que também costuma ser convidada para falar sobre suas experiências para o mestrado em gestão de eventos estratégicos em três diferentes universidades internacionais, reafirmou que para criar, aprender e ser criativo não é preciso ter milhões de reais, o hotel mais caro e o melhor centro de eventos. “Criatividade não tem a ver somente com o design e a criação de marcas. É preciso descobrir tendências, as formas como as pessoas interagem, e a tecnologia é um instrumento que não substitui a imaginação”.
Comentários