Academia Brasileira de Eventos e Turismo lança seu primeiro livro: 2030 – Metas para os Eventos e Turismo

No dia 20 último, a Academia Brasileira de Eventos e Turismo lançou o livro 2030 – Metas para os Eventos e Turismo, em evento paralelo ao Expo Fórum 2023, realizado no Sheraton WTC Hotel.

No dia 20 último, a Academia Brasileira de Eventos e Turismo lançou o livro 2030 – METAS PARA OS EVENTOS E TURISMO, em evento paralelo ao Expo Fórum 2023, realizado no Sheraton WTC Hotel.

O livro 2030 – METAS PARA OS EVENTOS E TURISMO, publicado pela Editora Reflexão em parceria com o GRUPO CONECTA EVENTOS, foi concebido para celebrar os 17 anos fundação da Academia Brasileira de Eventos e Turismo, e traz o depoimento de 30 membros da Academia, com suas visões para o futuro da Indústria de Eventos e Turismo.

A Cadeia de Valor de Eventos e Turismo é hoje uma das maiores geradoras de empregos no país, contribuindo para a redução da alta taxa de desemprego que é estimuladora das grandes crises. O setor é peça importante da economia nacional, responsável por cerca de 25 milhões de empregos (diretos e indiretos) e por um faturamento anual de 936 bilhões/ano (que corresponde a 12,93% do PIB nacional) em dados de antes da Pandemia do COVID-19. Além disso, somos um importante setor fomentador de Turismo, Educação e Cultura, impactando positivamente 122 atividades.

Entendemos que a superação dos desafios no Brasil e, principalmente, na Indústria de Eventos e Turismo, passa pela necessidade cada vez maior de união de todo seu trade, uma evolução na estrutura de trabalho, um olhar focado na gestão de cadeia de valor e um diálogo permanente público-privado, onde a sociedade possa sugerir, acompanhar e propor políticas públicas para sanar a grave situação pela qual o Brasil passa e poderá ter enorme prejuízo se não se unirem ainda mais para encontrar soluções de curtíssimo prazo.

Na comemoração de seus 17 anos, a ACADEMIA solicitou um depoimento aos membros de seu Colégio Acadêmico sobre “como estamos e onde queremos/precisamos chegar até 2030, mas, principalmente, que tracem caminhos de como será possível atingir o objetivo proposto no horizonte da Agenda 2030, dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), instituído pela ONU."

Trinta acadêmicos responderam ao desafio: Adenauer Góes, Alexandre Sampaio, Anita Pires, Anya Ribeiro, Armando Campos Mello, Caio Luiz de Carvalho, Carlos Alberto Julio, Chieko Aoki, Eduardo Sanovicz, Elza Tsumori, Enid Câmara, Fernando Elimelek, Guilherme Paulus, Ibrahim Tahtouh, José Cocco, Guilhermo Alcorta, Mario Beni, Marisa Canton, Milton Zuanazzi, Rafael Guagliardi, Raimundo Peres, Romano Pansera, Roberto Pereira, Roland Bonadona, Roosevelt Hamam, Sergio Junqueira Arantes, Silvio Barros II, Toni Sando, Vera Simão e Virgílio Carvalho.

Nas páginas do livro, 2030 Metas para os Eventos e o Turismo, depoimentos sobre o que pensam 30 acadêmicos da Academia Brasileira de Eventos e Turismo para tornar o mundo melhor. São uma mescla de pensamentos críticos que demonstram o ecletismo dos membros do Colégio Acadêmico, artigos que valem a pena serem lidos em sua íntegra.

O livro 2030 – Metas para os Eventos e Turismo já está disponível para venda. Basta clicar neste link para adquirir seu volume individualmente ou a coleção completa. (Confira abaixo relação dos livros da Coleção)

Segue uma amostra do rico conteúdo proporcionado pela visão de 19 acadêmicos que participaram do evento de lançamento do livro sobre o momento que os eventos e o turismo vivem e o futuro que temos obrigação de ajudar a construir e vão despertam o interesse pela leitura da íntegra de cada um dos artigos deste livro.

Segundo o acadêmico Alexandre Sampaio, “trocando em miúdos, o futuro chegou para o turismo. Aeronaves que cruzam o Atlântico em menos de quatro horas, carros automáticos, trens supersônicos, check-in imediato (seu rosto será seu passaporte e cartão de embarque por meio dos modernos sistemas de reconhecimento facial), assistentes com inteligência artificial, experiências exclusivas com realidade virtual e viagens para destinos exóticos (como a lua, por exemplo) tendem a ser uma realidade em pouco tempo. Até 2030, a indústria do turismo deverá passar por incontáveis mudanças, tornando-se mais ágil, fácil e ecologicamente sustentável”. 

A mim não me preocupa tanto a vinda de estrangeiros, uma vez que temos 100 milhões de consumidores no Brasil”, escreveu o acadêmico Armando Campos Mello. “O Turismo interno pode nos colocar numa posição muito favorável para o desenvolvimento das atividades, mas é importante destacar que temos também que ser competitivos na oferta dos produtos, na qualidade dos serviços na diversidade das ofertas e nos custos”. 

Olhar o futuro, requer um olhar para trás sobre as lições apreendidas”. A acadêmica Anya Ribeiro faz um reporte do passado, “no período dos três governos federais, de 2011 a 2022, a duração média da gestão de cada Ministro, situou-se em torno de 10 meses. Apenas um gestor, alcançou dois anos e meio, (30 meses), e nenhum, exerceu uma gestão completa de 4 anos”, e aponta para o futuro que “deverá, conectado a outros setores, e de forma comprometida, visão estratégica e base empresarial, construir uma plataforma de espaços de liderança e visibilidade, junto às Municipalidades e suas Câmaras, Assembleias Legislativas Estaduais, Câmara Federal e Senado, com pauta voltada à construção de lideranças políticas comprometidas com o desenvolvimento do setor. Igualmente, junto às Confederações/Federações do Comércio de Bens, Serviços e Turismo, Agricultura e Agropecuária, e Industria”.

O acadêmico Caio Luiz de Carvalho lembra que “certo dia, quando em Brasília, Enrique Iglesias, na época presidente do Banco Interamericano de Desenvolvimento, me disse que nosso país possui uma trindade áurea: nossas belezas naturais, nossos atrativos culturais e o jeito de ser do povo brasileiro. E que privilégio ter podido como poucos conhecer de perto esses atributos”.

A acadêmica Elza Tsumori abre citando Nikolas Badminton, autor do livro “Facing our futures”, “estamos passando da Era da Informação para a Era da Imaginação, quando nossa criatividade e imaginação individual e coletiva se tornam os principais geradores de valor econômico” e finaliza afirmando que “falta brotar no nosso trade o orgulho de pertencer a um setor forte e sustentável, por isso a necessidade de criar o “movimento” incentivador do nosso mercado. Quem é visionário deve ser também um Ativista de Visão – capaz de mover as pessoas em direção aos objetivos concretos e grandes. Somente assim, vamos sair da inércia. Afinal, como disse Simone de Beauvoir, ´o segredo da felicidade e o cúmulo da arte é viver como todo mundo e ser como ninguém´”.

A holografia será um fato consumado”. O acadêmico Fernando Elimelek prevê já estar “bem avançado podendo ocorrer acontecimento “ao vivo” de qualquer lugar do mundo para qualquer lugar do mundo e bem formatado! O 7G e 8G deixará de estar num salão onde as pessoas veem o show de uma boleia através de um vidro, e passará a ser um show ao vivo num estádio!!!

Já para o acadêmico Ibrahim Georges Tahtouh, “olhar para o todo e não umbilicalmente, é o fundamental para seguirmos em frente com sucesso para todos. Temos hoje entidades, que em muitas situações se sobrepõem, assim também feiras, expos, fóruns que teriam melhor resultado se estivessem mais unidos, para ter força expressiva de seus associados com real representatividade junto aos órgãos públicos, casas de leis etc. e, também, às verbas de promoção e publicidade”.

As políticas públicas para o Turismo são desenhadas com o objetivo de articular stakeholders para constituir governança destinada a prover competitividade e sustentabilidade às atividades da cadeia de valor do Turismo em âmbito subnacional”, escreve o acadêmico Mario Beni, que continua: “de acordo com a Organização Mundial do Turismo (2019, p.26), competitividade no Turismo significa: a capacidade do destino de usar eficientemente seus recursos naturais, culturais, humanos, artificiais e de capital para desenvolver e fornecer produtos e serviços turísticos de qualidade, inovadores, éticos e atraentes, a fim de alcançar um crescimento sustentável dentro de sua visão geral e objetivos estratégicos, aumentar o valor do setor de Turismo, melhorar e diversificar seus componentes de mercado e otimizar suas atratividades e benefícios, tanto para visitantes quanto para a comunidade local, de maneira sustentável”.

Na “sociedade em rede”, segundo a acadêmica Marisa Canton, “uma das principais características estruturantes da contemporaneidade, que vem sendo permanentemente forjada desde meados dos anos noventa do século passado – a educação, assim como todas as outras dimensões da vida e da cultura humanas, passa a ser configurada na ambiência de novos paradigmas”.

O ministro Vinicius Lummertz dizia que o Turismo poderia significar no sec. XXI, o que o Agro significou para o país no séc. XX”, afirma o acadêmico Milton Zuanazzi. “Para não ficarmos na profecia ou desejo, digo que sim, é possível, no entanto a que se considerar as diferenças atlânticas entre as políticas para um e outro setor. O Agro tem um Ministério desde a Proclamação da República, tem um Banco do Brasil que financia a agricultura a juros reais (ou seja, subsidiado para um País que ama juros altos), desde o Império. Há uma Embrapa, com mais de 60 anos de pesquisa, sendo hoje uma das maiores referencias mundiais em agro genética”.

O mercado de Eventos, reagiu à flexibilização das medidas de liberação do direito de ir e vir, possibilitando uma forte retomada dos negócios. Teremos oito edições do Calendário de Eventos até 2030, quais serão os fatores exógenos e endógenos, que impactarão a Indústria de Eventos e Turismo?”, questiona o acadêmico Rafael Guagliardi. “É uma assertiva que fatores Sociais e Ambientais são determinantes no comportamento Humano e no comportamento das Empresas, nas Políticas de Governo, espalhando-se por todo o ambiente da Sociedade. Empresas, Empreendedores, Consumidores, Investidores, Fundos Aplicadores de Recursos, Fundos Soberanos, Organizações não Governamentais, Governos, Entidades de Classe, a Sociedade como um todo, estarão impactadas pelas necessidades envolvendo a obrigatoriedade de serem adotadas atividades ESG “Environmental Social and Governance“ é uma reinvenção comportamental e de Investimento, sem dúvida um tema relevante para a Sociedade no esforços de Proteção do Planeta Terra, demandando o uso eficiente dos recursos naturais, gestão da energia, gestão de Água, Reciclagem dos Resíduos, dos Efluentes, das Embalagens e os Descartes Eletrônicos, é a Economia Circular, buscando não ter déficit Ambiental."

Todo sucesso tem um custo”, define o acadêmico Raimundo Peres, mas “não será possível obtê-lo sem inovar, traçar novos caminhos, mover-se rapidamente, descobrir novas ideias e desenvolver uma nova Cultura Organizacional, em um ambiente sustentável. O engajamento dos recursos humanos às mudanças dependerá da habilidade dos CEO e Executivos de escutarem as opiniões dos seus liderados”.

A tecnologia torna o viajante muito mais autônomo, mas ele continua avaliando a qualidade das suas experiências pelas interações com pessoas, sua eficiência, seu calor humano, sua hospitalidade genuína” pondera o acadêmico Roland Bonadona. “Os clientes se preocupam cada vez mais com a sustentabilidade dos operadores que selecionam. Respeito ao meio ambiente, a diversidade, preocupação com as comunidades, e o conjunto das boas práticas de ESG, comprovados por relatórios formais e selos de organizações confiáveis se tornam diferenciais para todos os públicos, e são requisitos obrigatórios para um número crescente de clientes corporativos”.

A realidade é tão grande que coisas que há alguns anos nos pareciam extremamente difíceis, hoje são tão insignificantes e corriqueiras, que causam preocupação em relação ao que está por acontecer, especialmente se pensarmos como ficarão daqui a 10 anos”, chama atenção o acadêmico Roosevelt Hamam. “Quem sabe o ser humano poderá passar as férias na Lua ou em um dos planetas do Sistema Solar, onde o próprio organizador de eventos poderá incluí-lo em sua programação normal de eventos”.

Segundo dados da Sustainalytics, uma agência de avaliação de riscos ESG, as empresas que seguem práticas sustentáveis têm uma performance financeira melhor do que as que não o fazem. Isso inclui medidas para reduzir o impacto ambiental, como a redução de desperdício de água e energia, materiais impressos, bem como a promoção de atividades ecológicas para todos os públicos envolvidos”, afirma o acadêmico Toni Sando. “Se, por um lado, as transformações trazem novas oportunidades, por outro, elas também trazem desafios crescentes, motivados pelo aumento da concorrência, novos produtos e serviços que antes nem existiam e novas demandas impostas por um público cada vez mais exigente, conectado e informado”.

Com o crescimento do mercado de eventos em curto tempo, aumentou a migração de talentos de áreas totalmente distintas para essa atividade complexa e de grande responsabilidade”, explica a acadêmica Vera Simão. “Para reger uma orquestra de profissionais é preciso conhecimento e profissionalismo. E confesso que ao olhar o mercado hoje, me orgulho com o número de pequenos e médios empresários que são maestros impecáveis e conferem a seus clientes verdadeiros shows de eventos”.

Caberá ao trade banir de suas prateleiras destinos e países que não se adequem a questões como erradicação de trabalho escravo, oferta de sexo infantil e que não tenham políticas públicas que garantam condições básicas dignas ao seu povo”, afirma o acadêmico Virgílio Carvalho. “Certamente o planeta não tolerará mais ações de degradação; as pessoas serão mais conscientes e não se hospedarão em empreendimentos que não tenham incluído em suas operações, ações como sustentabilidade, uso consciente dos recursos naturais e sobretudo que tenha uma relação humana com seus colaboradores”.

COLEÇÃO CONECTA EVENTOS

Este é a oitavo evento que o Grupo Conecta Eventos realiza para promover a COLEÇÃO CONECTA EVENTOS. Em novembro, para marcar o lançamento da primeira fase da coleção, foi realizado no espaço GS1 Eventos o SEMINÁRIO CONECTA EVENTOS, que reuniu os autores dos livros em oito painéis de debate, nos quais discutiram os temas de seus livros. Em março e abril, numa parceira entre a Editora Reflexão e a Livraria da Vila, foram realizadas as três primeiras noites de autógrafos da coleção: ARQUITETURA CENOGRÁFICA, na Livraria da Vila do Shopping Pátio Higienópolis; MARKETING DE INCENTIVO, na unidade da Vila Madalena; e VIAGENS DE INCENTIVO, na Livraria da Vila do Shopping JK. No dia 31 de maio foi a vez da Noite de Autógrafos do livro TECNOLOGIA PARA EVENTOS, a primeira a ser realizada na Drummond Livraria, localizada no térreo do Conjunto Nacional, em São Paulo, que recebeu também a Noite de Autógrafos do volume EVENTOS ESPORTIVOS no dia 19 de junho, e ECONOMIA CRIATIVA E OS EVENTOS no dia 26 de junho.