Marjorie Arbaitman modernizou o turismo corporativo

Mãe de quadrigêmeos, a empresária morreu aos 55 anos no último dia 14 de janeiro
Marjorie Arbaitman

Mãe de quadrigêmeos, a empresária morreu aos 55 anos no último dia 14 de janeiro

À frente da Lemontech —especializada no uso de tecnologia para a gestão de viagens corporativas—, empresa da qual era diretora-executiva, a paulistana Marjorie Arbaitman realizou o sonho de modernizar o turismo. Ela alcançou o sucesso ao unir liderança, conhecimento, tecnologia e amor.

Amor é a palavra que a define, segundo o pai, Marcos Arbaitman, empresário e ex-secretário estadual de Esportes e Turismo do governo Mário Covas (1995-2001).

"O amor que transmitia não só para nós, mas para as pessoas que trabalhavam com ela. A ternura com a qual ela falava com as pessoas. Ela tinha carinho com seus funcionários. Queria saber da família, dos filhos", conta o pai. "Marjorie era incomparavelmente boa, porque nunca disse uma palavra contra alguém. Só trabalhou, estudou muito, se formou e conduziu uma empresa que é um sucesso", afirma.

Ela cursou administração na Universidade Presbiteriana Mackenzie e especialização na Universidade de Oxford. Além das atividades profissionais diárias, dedicava-se, sempre que possível, à Amem (Associação dos Amigos do Menor pelo Esporte Maior). A entidade, fundada pelo seu pai, já atendeu cerca de 4.200 crianças e jovens, entre 6 e 16 anos, da comunidade do Jardim Arpoador, na zona oeste da capital paulista, oferecendo atividades esportivas, recreativas, educativas e de cidadania.

"Quando fizemos a festa de Natal para as crianças, ela levou os filhos para distribuírem os presentes. Ela quis ensinar a eles que, se Deus nos dá tanto, temos que retribuir ajudando os que mais necessitam. Ela nunca negou nada a ninguém. Era a prática de vida dela".

Ela deixou os pais Bete e Marcos Arbaitman, o irmão Sidney, o marido Reinaldo e os filhos quadrigêmeos Nicole, Stefanie, Audrey e Thomas. "O que estamos passando eu não gostaria que acontecesse a ninguém na vida. Não é a lei natural um pai enterrar a filha. E isso é o que mais me machuca, mas vamos praticar o bem. É uma forma de honrar a memória dela", finaliza.

Fonte: Folha de SP