Segurança e tecnologia guiam o novo mercado de eventos

Pontos como segurança e tecnologia serão a chave para garantir a satisfação dos usuários. Por mais que as autoridades públicas promovam o retorno gradativo dos eventos, é necessário entender que o consumidor está atento se o evento oferece as medidas mínimas necessárias para que ele se sinta seguro.

Samuel Ferreira, CEO da MEEP
O setor de eventos foi um dos primeiros a paralisar suas atividades por conta da pandemia. Para se ter noção, estima-se que o mercado tenha tido prejuízo de R$ 270 bilhões entre março e dezembro do ano passado, além das inúmeras empresas quebradas e profissionais, que, de uma hora para outra, perderam seus empregos ou paralisaram sua atuação. Segundo o Sebrae, as perdas impactaram 98% do segmento, que conta com mais de 560 mil empresas no país. Entretanto, o avanço da vacinação aponta uma luz para o setor, que mesmo devagar, já começa ensaiar uma retomada com uma oferta abrangente de eventos em função da demanda reprimida.

Ainda assim, o mundo não é mais o mesmo desde 2019 e com o setor de eventos não poderia ser diferente. Pontos como segurança e tecnologia serão a chave para garantir a satisfação dos usuários. Por mais que as autoridades públicas promovam o retorno gradativo dos eventos, é necessário entender que o consumidor está atento se o evento oferece as medidas mínimas necessárias para que ele se sinta seguro. Um evento desorganizado, com aglomerações por todo o lado, não vai conseguir se manter por muito tempo.

No que tange a segurança, a organização dos eventos deve ter atenção a pontos como aglomeração (como filas para compras de produtos ou para entrada e saída), e os locais deverão ser mais arejados e melhor planejados. Já a tecnologia entra justamente para trazer facilidades na hora de comprar o ingresso, bebida, comida, sair do evento ou escolher uma mesa, por exemplo, deixando a jornada mais agradável e fazendo toda a diferença.

Uma pesquisa realizada pela Associação Brasileira de Agências de Viagens Corporativas (Abracorp), mostrou que mais de 40% das empresas esperam que 2022 tenha uma retomada dos eventos de maneira próxima a 2019, isso contando apenas as feiras corporativas. E vale dizer que o segmento como um todo é muito maior e chega a movimentar mais de 13% do PIB brasileiro. Porém, só terá vez nesse mercado quem, além de apostar em segurança e tecnologia, estiver atento à experiência do cliente.

As pessoas foram obrigadas a aprender a se divertir e ser feliz sem sair do conforto de casa. Atualmente, o ato de pedir uma comida, juntar alguns amigos e assistir a um show online é certamente um forte concorrente ao mercado de eventos. Principalmente se na ocasião em que ele preferir sair não ficar satisfeito com a experiência fora de casa. Por exemplo, como a oferta vai ser abrangente, o consumidor poderá escolher entre três shows de samba no mesmo sábado. Certamente, ele vai preferir ir naquele que oferece a melhor experiência. Desde a compra do ingresso até o pagamento da conta e consumo no evento.

É por isso que a experiência e a personalização serão fundamentais na oferta de eventos e shows. Conhecer o cliente não é mais opcional. Em um mercado no qual a demanda vai ser altíssima, vencerá quem souber exatamente o que cada consumidor está buscando.

As pessoas querem voltar a vida normal, porém o mundo mudou com a pandemia do Covid 19. A tecnologia avançou uns 5 anos em 1. Então é hora de olhar para o mercado e pensar. Como posso fazer para entregar a melhor experiência para o meu cliente? Quem achar essa resposta vai sair na frente!

Samuel Ferreira é CEO da MEEP, empresa de tecnologia especializada na oferta de soluções para o mercado de entretenimento, empresário com ampla experiência no mercado nacional e internacional e investidor de diversas empresas no Brasil e nos EUA.