Mercado de eventos: inovação se consolida em ano que traz novos desafios

Para URBN Experience, grande desafio de 2021 será atrair o público que não está mais em isolamento completo

Em 2020, o distanciamento social se impôs e trouxe uma grande questão para o mercado de eventos: como uma atividade que supõe reunião de pessoas poderia se manter relevante? Para a agência URBN Experience, desenvolver novos formatos foi recompensador. “Percebemos que estar na rua não é necessariamente físico. Estar na rua é alcançar pessoas, onde quer que elas estejam. Nós inovamos nas entregas e colhemos bons frutos”, resume o sócio-fundador da URBN Experience, Júlio Custódio.

Ele também avalia que em 2021 o maior desafio será atrair um público que não está em isolamento, mas ainda não pode frequentar eventos: “Em 2020 estava todo mundo em casa, então a única opção de entretenimento e consumo de informação eram as lives. As pessoas perceberam que é possível estudar e se divertir online mas, com a flexibilização do isolamento, o tempo dedicado a esse formato será menor”.

Para Júlio, o caminho serão os eventos híbridos, com pequeníssimo público presencial (seguindo todos os protocolos sanitários) e uma imensa audiência online. E ele diz isso com conhecimento de causa: “Um evento acadêmico que fazemos anualmente dobrou de audiência em relação a 2019 graças ao maior alcance pela internet. Isso tudo com custo de produção menor para o cliente”, celebra. “Para 2021, já temos um projeto de experiência híbrida, que unirá arte, diversidade e sustentabilidade”, adianta.

Ele acredita que o formato híbrido será interessante mesmo quando a pandemia estiver controlada. “Claro que o presencial deve voltar com muita força, as pessoas querem se reunir. Mas dá para fazer um evento de experiência excelente tanto presencial quanto online. O híbrido dá mais alcance, tanto em número quanto em região. Você sai do alcance local para o alcance global”, resume.

Em 2020, outra atuação da URBN Experience foi inovar nas já tradicionais lives: “Conseguimos criar experiências de marca que foram muito além do QR Code na tela”, conta Júlio, que também enumera novos formatos impulsionados pelo cenário de ruas vazias: “Investimos em ativações de guerrilha, que geram mídia espontânea na imprensa e nas redes sociais. E, naturalmente, fizemos muitos eventos online como as lives, convenções e ações voltadas exclusivamente para mídias sociais”.

GESTÃO ÁGIL E NOVA MENTALIDADE NO MERCADO

Fundada em 2018, a URBN Experience já nasceu digital. “Sempre acreditamos no trabalho remoto e nas possibilidades online. Em 2020, nossos clientes também perceberam isso, e então conseguimos desenvolver ainda mais esse lado”, diz Júlio. “Também somos uma com alma de startup, e essa agilidade foi fundamental para reagir ao cenário de isolamento social e oferecer novas alternativas aos clientes”, pondera.

Ele reconhece que 2020 não foi um ano fácil, mas foi recompensador. “Foi uma prova de fogo para muitas empresas, em especial para aquelas ligadas ao contato com o público. Mas a URBN não parou, trabalhamos muito, aumentamos a equipe. Saímos mais consolidados”, finaliza.

URBN EXPERIENCE EM 2020

“Despertador da Justiça”: Projeto para Anistia Internacional e Institnuto Marielle Franco para marcar os mil dias desde o assassinato da vereadora e do motorista Anderson Gomes e cobrar respostas das autoridades. A ação de guerrilha fez uma instalação no centro do Rio de Janeiro e teve estratégia online. O resultado foi mais de 135 milhões de visualizações da hashtag da campanha e cerca de 60 inserções na imprensa, incluindo veículos internacionais.

Parada Encantada de Natal Prezunic: Caravana itinerante com ballet e doação de cestas básicas que percorreu diversas regiões do Rio de Janeiro. Solução para encantar o público, ter alto alcance e impacto positivo sem gerar contato físico ou aglomerações.

Caminhão-Piscina da Skol: Ação transformou um caminhão em piscina para campanha digital. Alto alcance e nenhuma interação presencial.

Rede Sentinela da Anvisa: Congresso anual, que em 2020 aconteceu de forma online (apenas os palestrantes participaram presencialmente), o que permitiu dobrar o público em relação a 2019, com custos sensivelmente menores.

Fonte: Assessoria