Incêndio atinge um dos pavilhões do Riocentro

A GL events, empresa que administra o local, confirmou que um balão causou as chamas.

Um incêndio de grandes proporções atinge o telhado do pavilhão 3 do Riocentro, em Jacarepaguá, Zona Oeste do Rio. Bombeiros do quartel da Barra da Tijuca, também na Zona Oeste, foram acionados às 21h03 deste domingo (29) para combater as chamas no centro de convenções, que fica na Avenida Salvador Allende. Por volta das 23h30m ainda havia fogo no local. De acordo com a assessoria de imprensa do Riocentro, o incêndio foi causado pela queda de um balão. Não havia evento no local no momento do incidente e ninguém ficou ferido. Ainda não é possível dimensionar os prejuízos.

Desde 2017, quando um balão atingiu o telhado do pavilhão 2, a empresa passou a deixar uma equipe de brigadistas de plantão no telhado do hotel do centro de convenções para monitorar os céus e acionar a brigada do Riocentro e o Corpo de Bombeiros o mais rápido possível. Foi o que ocorreu neste domingo, segundo a assessoria. Mas mesmo com a ação rápida e com o telhado sendo revestido por uma manta impermeabilizante própria para retardar incêndios, os bombeiros têm dificuldades para combater as chamas.

A administração do local informa que o Congresso Internacional de Matemáticos 2018 que aconteceria no pavilhão 3 a partir da próxima quarta-feira será realizado no pavilhão 6 do centro de convenções.

Imagens postadas na internet mostram o tamanho e a altura que as chamas atingiram. A cena chamou a atenção de moradores da região: "Um desses que soltou um balão agora é o responsável por um incêndio que está lambendo o teto do Riocentro", postou uma mulher. "Incêndio gigantesco no Riocentro. Por causa de um balão", escreveu outro internauta.

A empresa espera que, após mais este crime, sejam adotadas medidas investigativas para punir os responsáveis e evitar que novos casos voltem a ocorrer. "Pela falta de combate a este tipo de crime e o aumento das ocorrências ano após ano, a GL events, empresa responsável pela gestão do centro de convenções, passou a investir em mecanismos para tentar minimizar os efeitos de ações criminosas como a ocorrida neste domingo", diz a nota.

Em maio, reportagem do jornal GLOBO mostrou que 12 balões caíram, no ano passado, no local, que tem cerca de 150 mil metros quadrados. Em julho, a dois dias da inauguração de uma feira, um deles provocou sérios danos no telhado do pavilhão 2, apesar da ação de combate ao fogo ter sido rápida. Em 2016, pouco antes da Olimpíada, outro balão atingiu o teto do pavilhão 4. Os gastos da reparação dos danos nas duas instalações chegaram a R$ 180 mil.

Há um ano, um incêndio provocado por um balão destruiu parte do Velódromo do Parque Olímpico do Rio, que fica próximo ao Riocentro. O fogo começou na madrugada do dia 30 de julho. Em novembro passado, um outro incêndio atingiu parte da lona que cobre o Velódromo. Não houve vítimas e, na época, não foi divulgado as causas do fogo.

Fabricar, vender, transportar ou soltar balões que possam provocar incêndios nas florestas e demais formas de vegetação, em áreas urbanas ou qualquer tipo de assentamento humano, é crime, com pena de um a três anos de detenção mais multa.



Fonte: assessoria