Profissionais debatem sobre criação e planejamento no 2º Congresso de Live Marketing

O segundo painel do 2º Congresso de Live Marketing reuniu criativos e planners representantes de algumas agências para um debate sobre criatividade e valor.

Participaram Adriana Salles, Diretora de Criação e Planejamento, Adriano Cerullo, Diretor de Criação – The Marketing Store,, Ana Paula Dugaich (VP de Criação e Planejamento – Ponto de Criação, Bruno Brasileiro, Diretor de Criação – Mood, Cleber Paradela, Diretor de Planejamento – Tudo, e Mônica Pedro, Diretora Associada de Planejamento – Live Team/Grupo Team Creátif, com mediação do Dir. Criação Dil Mota e de Marcio Franco, Diretor de Criação da Tudo. “Nosso mercado é feito de pessoas e quisemos trazer uma pequena e ilustre amostra do potencial criativo e do Live Marketing brasileiro”, afirmou Dil Mota.

Depois da apresentação de um vídeo do projeto “Os Criativos”, liderado por Mota, mostrando como profissionais do mercado definem o Live Marketing, o debate começou com a ênfase na era atual da criatividade e da ideia e a força do setor. “O Live é a bola da vez, as pessoas precisam entender que podemos dar voz às marcas, fazer as pessoas experimentarem, ajudar as marcas a irem às ruas, levarem algum propósito à comunidade, a se relacionarem com as pessoas de formas diferentes; o Live Marketing puxa um jeito novo de fazer comunicação”, afirmou Ana Paula Dugaich. “Temos o poder de criar diálogos, as pessoas são protagonistas das suas vidas, o consumidor assiste o que quer, diz o que quer ver na timeline e só vai ver o que é relevante para ele, a diferença está em quando permitimos que ele possa contar sua própria história”, complementou Bruno Brasileiro, exemplificando com uma campanha de Huggies, que se concentrou em ouvir as necessidades das mães e compartilhar experiências.

A criatividade também foi discutida como conceito e foi unânime a opinião de que, embora possa ser nata, ela é desenvolvida – ou não – durante a vida. “A criatividade vem de tudo o que você vive e sente, de todos os ambientes que frequenta, dos livros, dos filmes, da rua, surgem insights, ideias, tudo isso alimenta de coisas que vão instigar sua criatividade”, comentou Mônica Pedro. “A criatividade precisa ter junto dela o poder de transformação, é preciso saber transformá-la numa ideia efetiva, que vá ser tangível num determinado momento e, no Live, temos muitas ferramentas que facilitam isto”, complementou Adriana Salles.

Para um criativo, qualquer experiência pode se tornar um insight. “Você precisa estar atento a tudo o que acontece à sua volta, há até os momentos de introspecção, ouvir o que está sendo dito, entender o que as pessoas tem a dizer, ler muito, saber sobre vários assuntos; ter conhecimento, sem ele fica mais difícil ser criativo”, disse Adriana.

Sobre o dia a dia dos criativos nas agências, o grupo comentou ainda a respeito das ideias que surgem dos processos de brainstorm, que geralmente envolvem outras profissionais de outras áreas, além dos próprios criativos e planners. Para alguns, o formato é interessante. “Não adianta nos fecharmos em um mundo muito pequeno, podemos escolher pessoas chave que tenham pensamento diferente do nosso e vermos de que forma conseguimos levar aquela ideia à frente. Ouvir todos num primeiro momento e depois fechar um petit comitê”, comentou Mônica Pedro. Já para Bruno Brasileiro e Adriana Salles, o formato não é produtivo. “É um momento especial, de soltar as amarras e nem todas as pessoas estão na mesma frequência, naquele momento. E é um momento que você tem que estar absolutamente de peito aberto, sem pensar em mais nada”, afirmou Adriana.

O grupo também comentou sobre como a preferência do cliente em detrimento da preferência do consumidor - influencia na hora de fechar uma ideia e sobre a importância da ousadia das agências ao apresentarem os projetos. Debateu ainda sobre a importância dos prêmios na visão dos clientes. “Os prêmios fazem realmente diferença quando iniciamos qualquer introdução ao cliente e no Live Marketing temos a cultura de planejar antecipadamente a participação nas premiações”, lembrou Ana Paula. Mônica complementou: “A premiação é importante, para todos, mas acima de tudo o resultado. Se não houver resultado, o prêmio não adianta para o cliente”.