Não haverá aumento de preços para a Copa do Mundo

Ministério da Fazenda e setores de Hospedagem, Alimentação e Bebidas alinham que não havéra aumento de preços para Copa do Mundo

Em reunião com o ministro da Fazenda, a Federação Brasileira de Hospedagem e Alimentação (FBHA) ponderou contratações, aumento final para o consumidor e risco de manifestações durante a Copa do mundo, se caso fosse mantido o aumento da tributação das bebidas a partir de 1 de junho.

Brasília, 13 de maio/2014 – Em reunião no Ministério da Fazenda, a Federação Brasileira de Hospedagem e Alimentação (FBHA) e a indústria de bebidas ouviram do ministro Guido Mantega o compromisso de adiar para depois da Copa do Mundo o aumento dos tributos que incidem sobre cervejas, refrigerantes, isotônicos e águas. Governo e mercado alinharam que para a Copa do Mundo não haverá aumentos de ambos os lados: tributos e preços de fábrica e varejo.

A FBHA, única Federação patronal presente à reunião, representou os estabelecimentos sindicalizados de hospedagem e alimentação fora do lar - bares, lanchonetes, restaurantes e similares, de todo o País. Alexandre Sampaio, presidente da instituição, ponderou com o ministro que o repasse do varejo ao consumidor seria em média de 10% e não 1,5% como o ministério teria considerado.

Sampaio falou ainda sobre outras duas preocupações da FBHA: a expectativa dos estabelecimentos crescerem o volume de venda com a Copa, o que seria frustrado com o aumento dos tributos neste momento, e o receio do aumento das cervejas provocarem algum tipo de manifestação popular durante o Mundial de Futebol.

A decisão do Ministério da Fazenda permitirá que as contratações que ainda estão previstas para a Copa do Mundo sejam mantidas. De acordo com estimativa da FBHA, pelo menos 30 mil trabalhadores ainda serão contratados temporariamente, nos meses de junho e julho, pelos setores de hospedagem e alimentação fora do lar nas 30 cidades envolvidas com a Copa.

O Ministério da Fazenda criará um grupo para estudar o assunto, com a participação do governo e indústria de bebidas. O varejo será consultado. O grupo de trabalho terá até o dia 1 de agosto para apresentar o relatório que servirá de base para fixar o valor do aumento dos tributos que incidirão sobre as bebidas frias.

Estiveram presentes também a Associação Brasileira de Bares e Restaurantes (Abrasel), a Associação Brasileira da Indústria da Cerveja (CervBrasil) e a Associação Brasileira da Indústria de Refrigerantes e Bebidas Não Alcoólicas (ABIR).

Fonte: Redação