Campus Party Digital Edition impacta quase 30 milhões de pessoas em todo o mundo

No Brasil, evento que ocorreu entre 9 e 11 de julho, contou com três edições Regionais – Brasília, Goiás e Amazônia – e conteúdos transmitidos pelo YouTube e TikTok.

Quase 30 milhões de usuários acompanharam a edição digital da Campus Party por meio de seu hub global e de suas redes sociais. O primeiro evento global e totalmente digital da Campus Party foi realizado entre 9 e 11 de julho, em 31 países simultaneamente, com o tema “Reboot the World”. Durante 3 dias e 24 horas, 90 palestrantes de todo o mundos se apresentaram em um palco global, e mais de 2.600 palestrantes de 120 nacionalidades estiveram em 5 palcos temáticos para cada país em um total de mais de 150 transmissões ao vivo e simultâneas e que agora estão disponíveis gratuitamente no site. O evento gratuito arrecadou fundos para apoiar os Médicos Sem Fronteiras no tratamento de emergências sanitárias causadas pelo COVID-19.

Entre as palestras internacionais de destaque está uma entrevista conduzida pelo jornalista americano do New York Times, David Pogue, com Al Gore, ex-vice-presidente dos Estados Unidos e pai "político" da Internet; Vint Cerf, também conhecido como o "pai da Internet", vice-presidente e evangelista-chefe da Internet no Google, e Sir Tim Berners-Lee, inventor da World Wide Web, CTO e co-fundador da Inrupt.

No bate-papo, os palestrantes que fizeram a história da Internet propuseram suas ideias sobre como "Reiniciar a Web" e torná-la um lugar melhor. Já no sábado, 11 de julho, o Palco Principal Global da Campus Party Digital Edition recebeu Edward Snowden, o ativista americano de segurança cibernética. O especialista foi entrevistado por cinco jornalistas de diferentes nacionalidades. Quando perguntado qual era a sua opinião sobre como reiniciar o mundo e na qual ele disse: “Defenda algo. Não basta acreditar em algo, não basta dizer todas as coisas certas, não basta apenas publicar um tweet. Se você quer que as coisas mudem, precisa mudar as coisas, e essa mudança começa com você. A única vez que você faz a diferença é quando faz essa diferença ativamente, quando decide mudar as coisas”.

Brasil

No país, foram mais de 700 atividades e 800 palestrantes em três edições – Brasília, Goiás e Amazônia. Os palestrantes se dividiram nos cinco palcos – Work Life, Green Deal, Living Better, Joy of Live, New Horizons – onde foram abordados uma ampla variedade de temas que tinham como objetivo abordar os diferentes ângulos em que a tecnologia pode ajudar neste "reinício do mundo".

O país foi responsável por mais da metade da audiência global e teve retransmissão de conteúdos no YouTube e TikTok, além de conteúdos produzidos no Facebook, Instagram e Twitter que impactaram mais de 30 milhões de pessoas.

“Ficamos muito felizes de conseguir realizar essa edição digital e de levar aos campuseiros debates, palestras e atividades que irão impactar o futuro do mundo pós-Covid. Temos um longo caminho para “reiniciar o mundo”, mas a Campus Party Digital foi um primeiro passo muito rico e que com certeza nos ajudará a encontrar novos caminhos”, explica Francesco Farruggia, presidente do Instituto Campus Party.

Brasília

A capital do Distrito Federal contou, além dos 5 palcos regionais, com outros dois palcos temáticos: um voltado para discutir o universo dos Podcast e o outro com foco em educação e terceiro setor e que apresentou e debateu o Programa Include, inciativa do Instituto Campus Party que visa levar às comunidades carentes brasileiras laboratórios tecnológicos de ponta.

Entre os palestrantes de destaque que passaram pelos palcos da edição brasiliense do evento estão a cientista que coordenou o mapeamento genético dos primeiros casos do novo coronavírus na América Latina, Dra. Jaqueline Goes de Jesus e a CEO do Movimento Black Money, Nina Silva. A palestra - "Desvendando a saúde: novos hábitos pós-pandemia podem nos ajudar a viver melhor?" – que contou com a participação do biólogo e pesquisador Átila Iamarino, foi a que teve o maior número de visualizações no país.

Além disso, no palco Include, a atividade Oficina de Chão se destacou. Realizada por Alexandre Casemonstro, coordenador regional do Include, o workshop ensinou conceitos de automação residencial por meio de uma maquete temática chamada de Casa Monstro. Nela foram desenvolvidos um sensor de presença para iluminação, persianas que subiam e desciam, entre outros efeitos, tudo feito com papelão e arduino, um hardware livre e de baixo custo.

Com o objetivo de criar soluções de impacto baseando-se nos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável – o GDF também desenvolveu o desafio “Como implementar a discussão e gerar soluções baseadas nos ODS entre as instituições governamentais e sociedade civil". Nos três dias que aconteceram a edição digital da Campus, foram mais de 200 inscritos para participar do hackathon. No final, foram formadas 30 equipes e apresentados 24 projetos. Dentre eles, Point Woman, uma ferramenta que disponibiliza feedbacks de mulheres, sobre lugares que praticam a sororidade; Nutre, plataforma digital que tem como objetivo agir como conexão entre os estabelecimentos comerciais com comida disponível para doação e as organizações especializadas em providenciar alimentos àqueles que mais necessitam; Compre da Favela, plataforma web que tem como objetivo promover negócios das comunidades e favelas nas principais regiões metropolitanas brasileiras; e Polis, uma plataforma gamificada que pretende democratizar a educação política brasileira foram os projetos que mais se destacaram.

“A Campus Party Digital Brasília foi a primeira edição online e a primeira vez que reuniu mais de 30 países. Mais de 1 milhão de campuseiros espalhados pelo mundo. E o maior pico de audiência foi registrado em Brasília com mais de 600 mil conectados, simultaneamente, números que confirma a capital do Brasil como amante de tecnologia e inovação, impulsionando o governo local a acelerar seus planos de tornar Brasília uma cidade inteligente”, afirma Gilvan Máximo, secretário de Ciência, Tecnologia e Inovação do DF.

Goiás

Além dos palcos regionais, a Campus Party Digital Goiás teve um palco especial, dedicado ao Estado, que reuniu mais de mais de 40 atividades exclusivas com temas como empreendedorismo, educação e inovações tecnológicas aplicadas a setores como agronegócio e saúde.

Entre os palestrantes que se destacaram estão Clóvis Barros Filho, Mestre em Science Politique, Doutor em Ciências da Comunicação e Pesquisador; Tavvs Alves, PhD em entomologia e sensoriamento remoto; Tati Fukamati, Biologa e neurocientista; José Mário Shreiner, Presidente da Federação da Agricultura e Pecuária de Goiás; e André Noel, Programador e membro oficial da Comunidade Ubuntu.

O Estado ainda contou com o Hackathon Goiás Digital no qual estudantes se debruçaram, durante 24 horas, em busca de soluções impactantes relacionadas a agronegócios, logística, indústria, saúde, e ação social. Mais de 160 pessoas se inscreveram e os projetos de destaque foram o SmartMuu, um hardware com tecnologia de comunicação híbrida para rastreabilidade, geração de dados e compilação de informações sobre o histórico e estado de saúde dos animais; LEDThinking, uma plataforma alinhada com o ODS 8, de forma que os impactos sociais causados pelo covid não só se revertam, como também auxilia em um crescimento econômico; além da YGGdrasil, uma plataforma virtual de vendas, conectando produtor de agricultura familiar com consumidor em isolamento.

Na oportunidade, também ocorreu o 3º Fórum Educação do Futuro com o tema: "A educação Pós-Covid - Um Olhar Sobre a Educação Superior". O encontro propôs uma série de discussões sobre o futuro da educação, com debates, palestras e painéis sobre temas como, educação empreendedora, metodologias ativas e tecnologia na educação e a educação pós-Covid. Como resultado final, o Fórum firmou três compromissos entre o Instituto Campus Party, a Secretaria de Estado de Desenvolvimento e Inovação e a comunidade:

1. Realizar um Fórum Permanente de Debates, a ser conduzido pelo prof. Genésio Gomes, embaixador da Campus Party

2. Realizar um Fórum Anual de Ciência e Tecnologia, a ser conduzido pela SEDI, por meio da Superintendência de Capacitação e Formação Tecnológica e da Superintendência de Inovação Tecnológica, que será realizado no escopo da Semana Nacional de Ciência e Tecnologia

3. A próxima edição da Campus Party, seja digital ou presencial, será inclusiva

Tradicional nas edições presenciais da Campus Party, a plataforma Startup & Makers também teve seu espaço na edição Goiana. Em um hotsite especial, 42 startups foram selecionadas para terem seus produtos e soluções expostas na vitrine do site além de receberem mentorias de parceiros da Campus.

“A participação de Goiás na Campus Party Digital Edition reflete a relevância do Estado nas discussões sobre inovação e tecnologia. Tivemos um palco exclusivo com mais de dez mil acessos. Contamos ainda com a participação de quase 300 palestrantes goianos, tivemos o hackathon realizado na edição de Goiás, propondo soluções para o agronegócio, agricultura familiar, questões de saúde, indústria e até mesmo relacionadas ao coronavírus. Para Goiás a participação neste evento foi muito importante, pois trouxemos um mundo digital muito mais próximo a sociedade mostrando a importância de ações e políticas públicas pensando neste novo momento. Mais uma vez, colocamos nosso Estado no mapa mundial da tecnologia e inovação por meio da parceria com a Campus”, afirma Márcio Cesar Pereira, secretario de Desenvolvimento e Inovação do Estado de Goiás.

Transire Amazônia

A Campus Party Transire Amazônia contou com o apoio do Grupo Transire e tinha como objetivo principal discutir inovações, novas tecnologias e aplicações dos sistemas financeiros. Entre as novidades apresentadas diretamente pelo grupo, foi possível acompanhar o fórum Acelera Fintechs, liderado pelo CEO da Rede Celer Lincoln Rocha, com a participação de grandes nomes do mundo financeiro em painéis sobre pagamentos instantâneos e desintermediação, crédito online, open bank e bancos digitais.

O Instituto Transire, que atua na área de Pesquisa e Desenvolvimento (P&D) do grupo, também apresentou painéis com a participação de seus mais de 300 cientistas. Recentemente, o Instituto fez parte do projeto de desenvolvimento da cápsula Vanessa, equipamento de ventilação não invasivo que foi amplamente utilizado no Amazonas, capaz de diminuir os riscos de contaminação do Covid-19 e evitar a intubação precoce de pacientes.

Entre os palestrantes de destaque nessa edição estão nomes como Júlio Volpe, presidente da Caixa Cartões; Eduardo Gouveia, ex CEO da Cielo, Alelo, Livelo, atualmente Conselheiro e Mentor de start-ups; e Carlos Giovane, presidente do Banco Digio. Além de convidados internacionais como Cleveland Brown, CEO da Payscout; Juan Sotelo, CEO da Cyberdyme; Juan Sebastián da empresa chinesa de IOT para varejo Sunmi; Rafael Lorenzo da espanhola Mobbeel, especializada em biometria; e Sun Yun, da líder de terminal de pagamentos PAX. O evento também contou com a participação de representantes da Associação de Gestão de Pagamentos Eletrônicos (Pagos) e do Laboratório de Inovações Financeiras Tecnológicas do Bacen (Lift Lab).

“Participar desta edição foi realmente muito recompensador, pois pudemos levar conhecimento e novidades para os jovens, não só do Amazonas como de todo o Brasil. Conhecimento e oportunidade podem, juntos, transformar não somente a vida das pessoas, mas o mundo como um todo”, afirma Valéria Carrete, Diretora de Novos Negocios e Parcerias Estratégicas do Grupo Transire.

Fonte: assessoria