LIDE FUTURO e ELAS debatem equidade de gênero para promover a liderança de executivas no mercado

Síndrome do impostor foi um dos temas discutidos. Estima-se que 70% das pessoas já viveram isso. Em mulheres é um agravante.




De acordo com o Grant Thornton, apenas 25% dos cargos executivos foram ocupados por mulheres em 2017. Se a equidade de gênero fosse alcançada, o PIB aumentaria US$ 28 trilhões em 10 anos (McKinsey). Em busca de fomentar a igualdade entre homens e mulheres no mercado de trabalho, o LIDE FUTURO, plataforma de conteúdo, experiência, negócios e networking entre jovens lideranças, se uniu com a ELAS, escola focada no desenvolvimento pessoal de mulheres para realizar o W LIDE FUTURO.

Lais Macedo, sócia do LIDE FUTURO, acredita que o debate sobre dados e informações a respeito da mulher no mercado de trabalho é importante para ter referências que as inspirem a seguir na luta pela igualdade.

O Fórum Econômico Mundial mostrou que o Brasil caiu 5 posições no ranking de equidade de gênero. Sem ações de fortalecimento desse ecossistema, como é o caso do W LIDE FUTURO, promovido todos os anos, a equidade seria alcançada apenas em 200 anos. O evento, que é voltado a líderes, executivas, empreendedoras e convidadas teve 2h30 de conteúdo focado na palestra "O Despertar da Autoconfiança", ministrado por Amanda Gomes e Carine Roos.

O encontro busca ressignificar o olhar das participantes por meio de debates, gamificação, dados e reflexões ao ‘hackear’ o sistema. "Quando a gente está falando de hackear o sistema, é sobre a gente entender tão bem como esse sistema funciona, pra gente questionar e provocar, tornando-se mais influentes e mais estratégicas", explica Carine.

A ELAS surgiu quando as amigas e sócias viram que existiam poucas iniciativas para mulheres se sentirem confiantes nos cargos de liderança. Durante o W LIDE FUTURO, as especialistas abordaram a importância de reduzir o volume da autocrítica. Alguns dados foram apresentados, como o estudo da HP (2011) onde mulheres precisam ter 100% das qualificações indicadas para conseguirem se candidatar a uma vaga, enquanto homens se candidatam à ela com apenas 60% de qualificação.

A síndrome do impostor foi um dos temas debatidos durante a palestra. De acordo com uma recente revisão bibliográfica do International Journal of Behavioral Science, estima-se que 70% das pessoas já passaram por experiências deste tipo, com um agravante maior em mulheres.

Entre os chamados "sintomas" da Síndrome do Impostor, Carine Roos pontuou que o perfeccionismo, atrelado ao medo de nunca estar satisfeita com os feitos é um dos mais problemáticos para a construção da autoconfiança. Nos cursos ministrados pelo grupo de liderança feminina, as empreendedoras contam que aproximadamente 90% das mulheres levantam a mão por já terem vivenciado a síndrome em algum período.

Um dos jogos propostos foi assimilar palavras entre os gênero feminino e masculino e carreira ou família. Como resultado, as participantes notaram que palavras do gênero feminino são mais associadas à família, enquanto palavras masculinas são, normalmente, ligadas à carreira.

A força interna, a força externa e a força estratégica da cultura da empresa constroem a pirâmide para alavancar o empreendedorismo feminino e o auto-desenvolvimento. Amanda Gomes explica que o ideal é encarar a vida como um jogo, encarar nossos papéis como um jogo, sendo íntegras, éticas e genuínas. "Quando a gente se coloca na condição de se perguntar qual a sacada da fase que eu ainda não peguei, a gente tá assumindo a responsabilidade de ser protagonistas desse jogo e decidir jogar enquanto ele é conveniente pra mim e eu decido continuar nesse jogo ou não", conclui.

"Nossa força são as nossas emoções. A gente não tem que ser racional, a gente tem que ser assertiva. Que na verdade é: entender as minhas emoções, me apropriar das minhas emoções, mas canalizar nossas emoções nas decisões certas", pontua.

Fonte: assessoria