Setor de eventos de negócios pede ao Governo de SP que retomada aconteça junto com a dos shoppings centers

Proposta estabelece que feiras aconteçam com 50% da capacidade e distanciamento de 2 metros entre as pessoas.

Entidades e empresas do setor de eventos de negócios se uniram para pleitear que os governos estadual e municipal de SP revejam a decisão de deixá-los para a última etapa do processo de retomada das atividades no estado. O grupo enviou uma carta ao secretário estadual de Turismo, Vinícius Lummertz, solicitando que o segmento seja incluído na fase 2, quando está prevista a reabertura dos shoppings centers. Entre os argumentos estão a similaridade de volume e comportamento entre os públicos de uma feira técnica e de negócio com a circulação de clientes nos centros comerciais, além da relevância estratégica do setor para a retomada da economia de São Paulo.

“Esse segmento é uma mola propulsora essencial à economia local, responsável por 160 mil empregos no estado e pela ativação de negócios em fábricas de todo o país, com milhares e milhares de empregos. As feiras e eventos de negócios geram valores superiores a R$ 300 bilhões em negócios em São Paulo, induzindo o consumo interno e exportações, projetando valor nacional da ordem de R$ 1 trilhão de reais”, destaca Daniel Galante, diretor-geral do São Paulo Expo – maior centro de exposições da América do Sul – e vice-presidente da União Brasileira dos Promotores de Feiras (Ubrafe).

Segundo Daniel, o setor tem capacidade de realizar os eventos com total segurança. Por isso, junto à carta foi enviado um documento com a proposta de protocolo único para os locais que sediarem os eventos em qualquer uma das 645 cidades, entre eles receber 50% da capacidade e manutenção do distanciamento de 2 metros entre as pessoas.

“Diferente de um show ou um evento de entretenimento, as feiras técnicas são visitadas por profissionais e empresas que buscam a troca de conhecimento e, inclusive, apresentar e debater soluções para suas áreas de atuação. Não há aglomeração e é absolutamente possível organizar de forma a manter as distâncias necessárias e garantir o cumprimento de todos os protocolos de segurança”, garante o executivo.

Vale destacar que o estado de São Paulo representa ⅓ da economia do país, e que a retomada das feiras e eventos de negócios cria reflexos positivos com impacto na economia da cidade, do estado e do país. São Paulo, como principal centro comercial e econômico da América Latina, sedia as mais importantes feiras e eventos de negócios da região.

O documento foi elaborado em conjunto pelas seguintes entidades: UBRAFE (União Brasileira dos Promotores de Feiras), SINDIPROM (Sindicato das Empresas de Promoção, Organização e Montagem de Feiras, Congressos e Eventos), ABEOC (Associação Brasileira de Empresas de Eventos) e ABRACE (Associação Brasileira de Cenografia e Estandes), juntamente com Centros de Exposições e Convenções locais, entre eles o São Paulo Expo.

Fonte: assessoria