Passados mais de cinco anos, a situação muito pouco mudou. É verdade que tanto a Embratur, quanto o Ministério do Turismo, desenvolveram algumas pesquisas que, infelizmente, não tem atendido às necessidades do mercado nacional, e também patrocinaram algumas pesquisas episódicas ou para atendimento de interesses específicos.
Apesar de todos reconheceram a necessidade de programas de pesquisa consistentes que permitam conhecer a realidade com que trabalham os diversos agentes produtivos do turismo nacional, nada tem sido feito neste sentido, seja pelo primeiro setor (órgãos públicos federais, estaduais e municipais), seja pelo terceiro setor (associações de classe e entidades representativas).
A título de exemplo, todo começo de ano, a maioria dos países que têm na exploração do MICE MARKET um filão economicamente importante publicam um balanço detalhado das atividades produzidas no ano anterior: quantidade de feiras e congressos por setor e por cidade; quantidade de participantes, expositores e visitantes nacionais e estrangeiros; dimensionamento econômico e volumétrico dos espaços expositivos nacionais e internacionais etc. Isso permite avaliar, ano a ano, a evolução do mercado, suas dificuldades, suas necessidades.
E não se fale que isso é luxo de país desenvolvido, pois nossos visinhos México e Argentina o fazem e com muita consistência, apesar de todas as crises que estes países atravessaram.
O turismo mundial atravessa um momento difícil. O MICE MARKET também. Imediatamente após a deflagração da crise nos EUA, tanto o MPI quanto a UFI determinaram a produção de pesquisas especificas para avaliar as conseqüências do problema no MICE MARKET e no mercado de feiras. Seus resultados, disponíveis a todos seus associados, foram publicados em primeira mão no Brasil pela Eventos News e pelo Portal Eventos: MPI Business Barometer, na semana passada, e Barômetro UFI, na edição atual.
No Brasil, passados quase um ano, os diversos agentes que atuam nestes mercados continuam se guiando às cegas, atuando segundo seu feeling e sua experiência passada, pois nenhuma entidade, nem órgão público, acharam pertinente ou necessária a produção de pesquisas que avaliassem as conseqüências tanto da crise econômica, quanto da gripe dita suína, no desenvolvimento econômico e social das atividades turísticas e promocionais brasileiras.
Sergio Junqueira Arantes
Sergio@ExpoEditora.com.br
Diretor da Eventos News, do Portal Eventos, da Revista Eventos e da Making Of
Titular da Cadeira 1, da Academia Brasileira de Eventos
Vice-presidente da ANETUR - Associação Nacional dos Editores de Turismo
Member MPI Brazil Chapter - Meetings Professionals International
Membro do IBEV Instituto Brasileiro de Eventos
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