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EDITORIAL EVENTOS NEWS 116 - SIMONE SACCOMAN: QUANDO A MELHOR DEFESA É O ATAQUE

Prezado Sérgio,

A decisão com relação à participação ou não da ABEOC na COCAL, não foi em nenhum momento pensada e ou articulada ou menos ainda, decidida pela nossa presidente Simone Sacomann.

Essa decisão vem amadurecendo há anos, desde minha gestão, quando presenciei pessoalmente em Buenos Aires, um teatro armado para manter a COCAL, da maneira sombria que ela existe.

Alguns exemplos para você que como jornalista investigativo que é nunca mencionou talvez por não saber.

Durante algumas gestões atrás, um antigo tesoureiro da COCAL investiu todo o dinheiro da Entidade em benefício próprio e só foi descoberto, porque a Argentina quebrou e o dinheiro sumiu. Esse dinheiro ficava à disposição do tesoureiro, sempre, porque a entidade não tem conta corrente; você sabia?

Pois é, por esta e mais algumas razões não menores que esta, vínhamos amadurecendo essa decisão que somente por acaso ocorreu agora, mas poderia ter acontecido em minha gestão. Somente não foi tomada porque a Sofia Aristizabal nos pediu um crédito de confiança, para uma mudança, que ocorreu em parte com a alteração de itens no estatuto, mas, não o suficiente para que víssemos na COCAL a entidade a nos representar como América Latina.

No evento passado, de 2008, somente o Daniel Reyes esteve presente para garantir as mudanças que estávamos pleiteando.
A entidade não está perdendo sua identidade; antes apenas para associações de organizadores de congressos, para CVBs e outras associações.  Imagine a ABEOC se colocar representando a UBRAFE ou a CCBVs. Pois é isso que está acontecendo na COCAL. Ao perceber que o clube não vai mudar, porque não interessa mudar, nós mudamos a nossa participação; somente isso.

É importante registrar que qualquer entidade brasileira é mais representativa e atuante do que qualquer entidade Latinoamericana de qualquer especialidade. Pode comparar em qualquer área de atuação; medicina, engenharia, direito e mesmo no turismo.

Anos atrás, para ser mais preciso em 2002, na própria Costa Rica, durante a COCAL, um grupo estava tentando criar a Confederação Latinoamericana de Convention e Visitors Bureaux. Por que ela não existe até hoje? Seria realmente importante ela existir? Qual seria a vantagem? E se existe, por que então ninguém se interessou em liderar esse processo de criação? Nem mesmo a Confederação Brasileira, que vem fazendo um trabalho brilhante, o fez.

Qual a razão de existir da COCAL, trocar informações sobre eventos? Isso já é feito através da ICCA - Capítulo Latino Americano.

Países Latinoamericanos são cada vez mais concorrentes, pois as próprias candidaturas nos colocam uns contra os outros. Um congresso na Europa, depois América do Norte, depois Ásia, África e América do Sul ou Latina, dependendo da entidade internacional.

Para resumir, não foi de maneira alguma ato pessoal e muito menos irracional a iniciativa da ABEOC, com relação à COCAL. Foi sim uma decisão amadurecida com o tempo e consciente de que devemos cada vez mais estar focados no interesse dos nossos associados. O turismo nacional não perdeu nada com essa decisão, só se fortaleceu.

Juarez Augusto de Carvalho Filho
Associado da ABEOC, ICCA, IAPCO, MPI e CVBs do Rio de Janeiro, São Paulo, Curitiba, Porto Alegre, Recife e Brasília. Ex-Capa da Revista Eventos.