Atualizado dia 31/5/2018, às 01h30
A greve dos caminhoneiros demonstra nossa dependência do transporte rodoviário, uma herança da opção de Juscelino Kubitschek pela indústria automobilística em detrimento da ferroviária e fluvial.
Vídeo da Federação de Empresas de Transportes de Cargas do Estado de São Paulo, produzido no ano passado, já demonstrava o caos que se instalaria no país em cinco dias caso os caminhões saíssem de circulação. Ao demonstrar a importância do setor para o país, o vídeo deveria ter servido de alerta ao governo, quando foi admoestado de que uma greve estava a caminho.
O resto, todos vimos exaustivamente nas TVs, rádios e jornais durante toda semana que passou.
Mas, como não podia de ser, infelizmente, também a indústria de eventos e turismo foi duramente afetada pela greve. Viagens canceladas, hotéis com baixa ocupação, casamentos com suas decorações prejudicadas, visitas a restaurantes adiadas, e centenas de eventos cancelados em todo país.
Sim, pois toda logística de um evento depende de transporte rodoviário. Cenários, equipamentos de audiovisual, mobiliário, A&B, comunicação visual, tudo isso e muito mais precisa estar no local do evento na véspera de sua abertura. Mais que isso, palestrantes, participantes e toda equipe de realização dependem de transporte aéreo e rodoviário para chegar no evento.
E, o pior, agora vai se iniciar uma batalha com as seguradoras que amparadas em contratos, normalmente leoninos, vão negar o pagamento dos prejuízos dos organizadores, sob alegação de que sinistros decorrentes de greves não estão cobertos pelo seguro. Nesse caso, para quê seguro? A corda sempre arrebenta no lado do mais fraco, nesse caso os promotores de eventos que terão que arcar com os prejuízos.
O Portal Eventos fez um rápido levantamento e reuniu algumas manifestações oficiais de entidades, bem como depoimentos de empresas que estão sentindo as consequências do movimento grevista dos caminhoneiros. Confira:
COMUNICADO OFICIAL - VITORIA STONE FAIR 2018 | Vitória, Espírito Santo
A Milanez & Milaneze, empresa realizadora da Feira Internacional do Mármore e Granito – Vitoria Stone Fair 2018, confirma a realização do evento para os dias 7 a 10 de junho (quinta a domingo), no Centro de Eventos de Carapina, Grande Vitória/ES.
Todos os nossos esforços foram para a manutenção do evento no período programado, em respeito aos visitantes, expositores e prestadores de serviços envolvidos no evento.
Para que as empresas possam cumprir o cronograma de montagem e receber os seus materiais, as seguintes medidas estão em prática a partir do presente momento:
• Recebimento de mercadorias, máquinas e equipamentos: será feito 24 horas por dia, até as 22h do dia 6/6 (quarta-feira);
• Período de montagem: será de 8h às 20h, podendo ser estendido gratuitamente, mediante comunicação à equipe operacional operacional@milanezmilaneze.com.br.
Estamos cientes das dificuldades ante o caso fortuito vivenciado no cenário nacional, que demanda um esforço conjunto de todos, por isso, não mediremos esforços para a realização do evento como planejado.
Permanecemos à disposição.
Atenciosamente,
45ª Feira Internacional do Mármore e Granito Vitoria Stone Fair | Marmomac Latin America Coordenação do Evento Website / Facebook
Associação Brasileira da Indústria de Hotéis – ABIH Nacional apresenta impacto da paralisação dos caminhoneiros na hotelaria nacional e comenta sobre desaceleração no crescimento do setor caso o Senado aprove a reoneração na folha de pagamento.
De acordo com os dados levantados pela Associação Brasileira da Indústria de Hotéis – ABIH Nacional, a paralisação dos caminhoneiros vem gerando quedas na ocupação hoteleira, desde semana passada, além de cancelamentos de reservas para o feriado de Corpus Christi.
De acordo com Manoel Cardoso Linhares, presidente nacional da Associação Brasileira da Indústria de Hotéis, os destinos de negócios e o turismo rodoviário foram os mais afetados. “Para o feriado, a expectativa é que o quadro de queda seja minimizado, já que com a normalização do abastecimento, é possível que muitos decidam viajar para destinos próximos na última hora”, acredita.
No Nordeste, o Ceará teve uma média de 15% de cancelamentos nas reservas para o feriado de Corpus Christi. Bahia e Alagoas registraram uma queda de 5% e Pernambuco, de 7%.
Em Minas Gerais, Belo Horizonte registrou uma queda de 30% na sua ocupação média da semana. O mesmo se deu com Brasília, Curitiba e Rio Grande do Sul, que também registraram uma queda de 30% de ocupação nesse período.
São Paulo, capital, registrou durante a semana cancelamento de reservas na ordem de 50% e para o feriado a expectativa é uma queda de 20%. No litoral paulista, 90% das reservas para o feriado forma canceladas, mas a expectativa é que esse número diminua consideravelmente com a normalização do abastecimento.
Na cidade do Rio de Janeiro, a expectativa de ocupação para o feriado permaneceu igual a do ano passado, em torno de 47%, quando a expectativa era uma recuperação na ocupação dos hotéis para o período de cerca de 3%. Já os destinos como a Região dos Lagos tiveram uma queda de cerca de 40% nas reservas, mas com a normalização do abastecimento, essa queda pode diminuir e alcançar 18%.
REONERAÇÃO
Outro fator que atingiu a indústria de hotéis esta semana foi à aprovação, na Câmara dos Deputados, do projeto de lei da reoneração da folha de pagamento que deixou o segmento da hotelaria fora dos 28 setores da economia beneficiados com a alíquota mais baixa até o fim de 2020.
Caso o projeto, que ainda precisa ser votado pelo Senado e sancionado pelo presidente, seja aprovado, a alíquota de imposto na folha salarial dos hotéis passará de 4,5%, sobre o faturamento, para 20% em cima do total da folha.
Para Linhares, o setor que está caminhando para uma recuperação, será atingido em cheio se onerado novamente: “A folha de pagamento responde por cerca de 35% dos custos da hotelaria e, caso o senado aprove essa lei, a consequência será de milhares de demissões, além do fechamento de diversos meios de hospedagem”, pontuou o presidente da ABIH Nacional.
COMUNICADO
Impactos da crise do abastecimento no setor de viagens
29/05/2018
A Associação Brasileira de Agências de Viagens (ABAV) e a Associação Brasileira das Operadoras de Turismo (Braztoa) estão acompanhando de perto a movimentação das suas empresas associadas em todo o Brasil, assim como empenhando esforços junto aos parceiros comerciais, especialmente companhias aéreas, hotéis e locadoras de automóveis – que são os fornecedores mais diretamente envolvidos nos pacotes de viagem – para que facilitem o remanejamento das reservas pagas e não utilizadas. O mercado tem sido muito parceiro nesse sentido, não apenas acatando as remarcações sem aplicação de multas e penalidades, como também nos mantendo informados sobre o status das operações em suas localidades para que possamos orientar nossos clientes da melhor forma possível. Até o momento não tivemos reporte de casos não solucionados, seja com um pedido de cancelamento ou reacomodação.
Para além dos transtornos já ocasionados, segue a apreensão pela demora na suspensão da paralisação e seus efeitos cumulativos, e se não tivermos uma solução a curto prazo, todos arcaremos com prejuízos. Algumas agências de viagens associadas já nos reportaram impacto no movimento de vendas por conta da crise de abastecimento provocada pela greve dos caminhoneiros. A procura que vinha crescente para a temporada de julho, por exemplo, se encontra estagnada.
A expectativa agora é pela movimentação dos aeroportos no feriado de Corpus Christi. Até o momento não recebemos informações sobre cancelamento de voos, mas seguimos monitorando e contando com o apoio das companhias aéreas e hotéis nas remarcações necessárias, e principalmente com ações imediatas do governo para que os efeitos não sejam devastadores, não apenas para o turismo brasileiro, como para a economia nacional.
PREJUÍZOS NA HOTELARIA & TURISMO PAULISTA NESTA SEMANA E NO FERIADO PROLONGADO
Bruno Omori
Durante a semana de 28 a 30/5/2018 os impactos negativos ficam com os destinos de turismo de negócios e eventos, ou, para facilitar, as cidades de negócios, como a capital e o interior de negócios, com cancelamento de hospedagens, especialmente de hóspedes que viriam de carro próprio, ou seja, com deslocamento entre 100km ou mais, gerando aproximadamente 50% de cancelamento de reservas, com prejuízo econômico superior a mais de R$ 6 milhões e nos 52 segmentos do turismo R$ 60 milhões.
Analisando a projeção deste Feriado prolongado fazemos a seguinte projeção, caso não seja normalizada a distribuição de combustíveis:
• Capital que tem Eventos Religiosos (marchas e feiras) e a Parada GLBT, devem ser canceladas as reservas de praticamente todos os turistas que viriam com seu veículo próprio, e os que virão de avião ou ônibus com menor impacto, por serem eventos de rua e gratuitos historicamente ficam hospedados em sua grande maioria em hotéis/meio de hospedagens supereconômicos e econômicos chegando a aproximadamente 90% destes na região da Paulista e Centro principalmente, com estimativa de queda para até 40% nestes, que impactariam em prejuízos superiores a R$ 1,8 milhões em diárias, mas para os 52 segmentos ligados ao turismo a conta negativa estimada seria superior a R$ 80 milhões.
• No Litoral e Interior de Lazer um feriado prolongado, seria a salvação do faturamento do final de maio e começo de junho, pois neste período o Interior de Lazer atingiria uma ocupação próxima a 80% e no Litoral de 65%, nestes o impacto da falta de combustível deve ser maior, pois em geral 90% dos deslocamentos deste público são efetuados com seus carros próprios. Portanto, podem ter cancelamento de diárias superiores a 70% pelo turista ficar sem condições de chegar ao destino, ou seja, transformando a ocupação em patamares de 24% e 19% neste feriado prolongado com mais de R$ 25 milhões de prejuízos diretos em hospedagens e mais de R$ 250 milhões nos 52 segmentos relacionados.
Quem paga esta conta? Novamente os empresários e, consequentemente, os colaboradores e a população, pois a conta no final do mês não vai fechar e demissões terão que, infelizmente, ocorrer, e a economia retroagir novamente em um ano que estamos iniciando uma retomada da economia em SP e no Brasil.
Mas somos brasileiros e não desistimos, pois este ano juntos nós Podemos iniciar a Renovação da Política de SP e Brasil.
São Paulo, 29 de maio de 2018
Saudações hoteleiras.
Bruno Omori
Presidente ABIH-SP
Folha de S. Paulo
29/5/2018Coluna: Mercado Aberto
A greve de caminhoneiros tem afetado a montagem, a logística e o comparecimento do público a eventos e feiras corporativas.
“Há dificuldade para montar estandes, produtos presos nas estradas, eventos inteiros sendo cancelados e outros que não conseguem ser desmontados”, diz Fátima Facuri, presidente da Abeoc (associação das empresas de eventos).
A entidade ainda não tem estimativas do número de cancelamentos ou dos prejuízos causados pela paralisação.
No último fim de semana, por exemplo, uma feira do CIEE (Centro Integração Empresa-Escola) para estudantes em busca de estágio teve cerca de 12 mil pessoas presentes, segundo o superintendente Ricardo Melantonio.
“A expectativa inicial era de algo entre 60 mil a 75 mil”, diz.
“O quadro será pior se a situação se alongar. Até aqui o maior problema é a dificuldade para se chegar aos locais”, diz Toni Sando, presidente executivo da Visite São Paulo, que fomenta eventos na cidade.
“Tudo ficará pior quando o abastecimento de insumos for comprometido. O lado bom é que o feriado [do dia 31] nos dará fôlego porque naturalmente há menos feiras”.
Prezado expositor,
Devido à prolongada duração da greve, mudanças importantes foram feitas no cronograma de montagem da M&T Expo 2018.
Com o objetivo de garantir que você possa receber suas máquinas e montar o seu estande dentro do período destinado à montagem, as seguintes medidas estão em prática desde o presente momento:
• Recebimento de máquinas e equipamentos: será feito 24 horas por dia, até às 8 horas do dia 05/06, terça-feira;
• Readequação das ruas do evento: para facilitar a movimentação de grandes equipamentos, algumas ruas principais foram alargadas. Desta forma, mesmo que cheguem tardiamente, estes equipamentos poderão ser alocados nos devidos estandes;
• Período de montagem e recebimento de máquinas: os expositores poderão organizar a chegada de máquinas 24 horas por dia, de hoje, 28/05, até às 8 horas da manhã do dia 05/06, próxima terça-feira. Entretanto, o período de montagem permanece inalterado, ou seja, deve se desenvolver das 8h às 20h entre os dias 29/05 e 04/06, com horário estendido apenas no último dia (até às 8h do dia 05/06).
Sabemos que o atual momento demanda um esforço conjunto do todos, por isso, não mediremos esforços para que a feira seja realizada de acordo com o planejado.
Estamos certos de que, verdadeiramente, a nossa força é estarmos juntos.
Atenciosamente,
Equipe M&T Expo 2018
Prezado Expositor, Profissionais, Grupos e Caravanas, Público Visitante,
Em virtude de todo o caos instaurado no País, e para realizar um evento de SUCESSO, é necessário que tenhamos produtos para exposição e venda, stands montados e a presença de público visitante/comprador. Em virtude das inúmeras ligações recebidas, observamos que a imensa maioria de nossos expositores solicitaram alteração na data do evento, pois suas mercadorias não conseguiriam chegar até o dia do evento.
O prazo de montagem seria iniciado amanhã, e, hoje, recebemos, também, ligações de inúmeras montadoras informando sobre a impossibilidade de montar o stand dentro do prazo previsto. O público e a participação das caravanas são fatores essenciais para o sucesso do evento, e, também, estaria comprometido, uma vez que muitas caravanas já haviam sido canceladas.
Queremos dizer que com o mesmo profissionalismo que desenvolvemos uma forte campanha para divulgação do evento, iremos, mais uma vez, repetir para a próxima data e, assim, teremos um evento da forma que todos nós desejamos.
A organização tem como objetivo maior, promover um evento de sucesso para o EXPOSITOR e o PÚBLICO, sendo assim, consideramos a nova data como possível para alcançar esses objetivos.
Desde a semana passada, a Organização da HAIRNOR 2018 entrou em contato com o Centro de Convenções de Pernambuco com o objetivo de viabilizar nova data para o evento. Apenas, hoje, conseguimos a confirmação de que seria possível a remarcação para os dias 04, 05 e 06 de agosto de 2018.
Contamos com o apoio e a colaboração e apoios de todos a fim de ultrapassarmos juntos as dificuldades. Por fim, nos colocamos à disposição para atender a todos e sanar quaisquer dúvidas.
"Um sonho que chega ao fim. Foram meses de trabalho e dedicação, duas semanas morando aqui, em Campos do Jordão, para que ele se tornasse realidade. Hoje, chegou o momento que não queríamos que chegasse, e desde de o começo dessa greve imaginávamos outro final, não só pra nós, produtores de evento, mas, pra toda uma nação, que agoniza e sofre com a sensação de impotência - como todos os brasileiros, recolhemos nossos impostos. Enfim, a responsabilidade tem que falar mais alto do que o nosso sonho. Não sabemos quando essa greve irá terminar, talvez ainda hoje, amanhã ou depois, não sabemos os reflexos e as consequências. O que sabemos é que o nosso prazo infelizmente acabou. Esperamos até o último segundo, até quando a possibilidade de trabalhar os próximos 3 dias virados, nos permitia. Não há mais tempo hábil para entregar um evento, não há mais tempo para que esse sonho se torne realidade. O prejuízo financeiro está bem distante do prejuízo emocional, aquela impotência de saber que tudo está pronto, e tão lindo; a cenografia do jeitinho que imaginamos que vocês iriam se apaixonar. Fizemos tudo isso pensando única e exclusivamente em vocês.
Talvez, daqui pra frente pudéssemos ter a possibilidade de ligar um som e subir uma estrutura qualquer, mas quem nos conhece sabe que JAMAIS isso iria acontecer. Prezamos pelo conforto e pela segurança de nossos clientes, e essa edição de inverno nos deixa um legado, é uma coisa que vai ficar pra sempre em nossos corações: a nossa UNIÃO!
Sorrimos juntos, e choramos juntos, viramos noites nos acampamentos tentando liberar nossos caminhões pelas estradas, e seguimos unidos até o último minuto!
Em 2018 não foi possível, 2019 é logo ali, e Campos nos espera, vamos guardar nosso sonho dentro do barracão por 1 ano, nossa cenografia, e tudo o que preparamos pra vocês, mas acreditem, voltaremos maiores e mais fortes! Podemos contar com vocês?"
CB Produções
*Os valores desembolsados na compra dos ingressos serão integralmente restituídos.
A presidente da ABEOC BRASIL - Associação Brasileira das Empresas de Eventos - enviou ofício ao presidente da Câmara, deputado Rodrigo Maia, solicitando empenho nas negociações pelo fim do movimento dos caminhoneiros, que se estende por todo o País, causando transtornos principalmente para o eixo Rio-São Paulo.
"É nesta região que acontecem alguns dos principais eventos do Brasil e o setor, como um todo está prejudicado, direta ou indiretamente pela greve. São centenas, para não dizer milhares de prestadores de serviços impossibilitados de cumprir seus contratos. São montadoras que não conseguem erguer estandes, transportadoras que não conseguem entregar produtos, áreas de alimentação, segurança, expositores, palestrantes e até mesmo visitantes impedidos de ir e vir pela falta de combustível. Esperamos que a solução chegue o mais breve possível", declara Fátima Facuri.
Abaixo, a íntegra do ofício expedido:
Rio de Janeiro, 23 de maio de 2018
Ao
EXCELENTÍSSIMO PRESIDENTE DA CÂMARA DOS DEPUTADOS
Sr. RODRIGO FELINTO IBARRA EPITÁCIO MAIA
Ref.: GREVE DOS CAMINHONEIROS
Senhor Presidente da Câmara dos Deputados,
Em representação e defesa dos interesses das empresas organizadoras, promotoras e prestadoras de serviços para eventos coordenadas por esta Associação Brasileira de Empresa de Eventos – ABEOC Brasil, pugnamos que V. Exa, no exercício das competências constitucionais que lhe são acometidas, envide esforços no sentido de equacionar ou, no mínimo, minimizar o grave impasse advindo dos movimentos paredistas diuturnamente realizados por caminhoneiros em todo o território nacional.
Como sabido, a perpetuação dessa situação revela-se causadora de verdadeiro colapso na circulação de bens e serviços, mormente no eixo Rio de Janeiro-São Paulo, o que vem causando empecilhos à realização de eventos, em evidente prejuízo das empresas de eventos e de toda a sociedade brasileira.
Do quanto exposto, espera-se que V. Exa. tome, em nome do parlamento e em conjunto com o Poder Executivo, todas as providências necessárias para que se inicie um processo negocial a respeito da pauta de reivindicações dos caminhoneiros, como forma de que o livre comércio de bens e serviços seja retomado o mais breve possível.
No aguardo de vosso pronunciamento a respeito, aproveito o ensejo para reiterar meus votos de alta estima e distinta consideração.
Respeitosamente,
Fátima Thereza Facuri Leirinha
Presidente da ABEOC BRASIL
A ABRACE enviou aos seus associados um comunicado em que sugere algumas providências a fim de minimizar os efeitos do movimento grevista, bem como eventuais responsabilizações.
Prezados Associados,
A ABRACE – Associação Brasileira das empresas Montadoras e Locadoras de stands, atenta à por conta da greve dos caminhoneiros, e preocupada com a situação de diversos associados, que neste momento tem seus caminhões parados (presos) em estradas de todo país, sugere as seguintes providências, a fim de minimizar eventuais responsabilidades:
1- A greve e a paralisação das entradas é considerada, por analogia, caso de “força maior”. Impossível às empresas atenderem seus clientes seus clientes nos prazos previstos, com as estradas totalmente bloqueadas pelos caminhões grevistas. De toda forma, há decisões judiciais de todo tipo, inclusive responsabilizando as empresas pelo “descumprimento” contratual quanto aos prazos de montagem e desmontagem.
2- Importante, neste momento, estar “junto” de seu cliente. Provavelmente ele está tendo tantos ou maiores prejuízos que você. Informe sobre a condição das estradas, tire fotos do caminhão parado e envie, consulte-o sobre a greve e a paralisação na sua região.
3- Mantenha-se conectado ao cliente “24 horas por dia”. Atualize sobre as notícias (ainda que sejam as mesmas). Isso demonstra atenção, preocupação e comprometimento.
4- Solicite informações (sempre por escrito) à PROMOTORA do evento. Pergunte se há mais empresas atrasadas, de onde são estas empresas.
5- Solicite maior prazo, explique as razões.
6- Imprima (em PDF) o maior número de matérias jornalísticas que façam menção à situação das estradas e da própria greve (principalmente aquelas que afetem sua empresa).
7- Tente obter ajuda com parceiros locais. Simplesmente cruzar os braços e esperar a greve acabar é o que de pior podemos fazer.
8- Certifique-se que se caminhão não pode pegar outra estrada, e, se possível, o faça (ainda que com maiores custos). Isso certamente é fator importante.
Estas são apenas recomendações, que podem minimizar os efeitos deste catastrófico evento em nosso país.
Isentos no julgamento do mérito, quanto à legalidade do movimento, certo que a paralisação de estradas gerará consequências terríveis ao país, que serão sentidas por muito tempo.
Solidarizamo-nos com nossos associados e com o mercado em geral, esperando que nosso país volte a andar “nas estradas do desenvolvimento, da ordem e do progresso”.
A Associação Internacional de Transporte Aéreo ou International Air Transport Association ou IATA tomou posição diante da gravidade dos fatos que vêm impedindo o livre fluxo de aeronaves nacionais e internacionais.
São Paulo, 24 de maio de 2018
A greve dos caminhoneiros no Brasil destaca a importância vital de um fornecimento confiável de combustível de aviação para o bem-estar do país. A aviação tem uma participação importante na economia brasileira, garantindo 1,1 milhão de empregos e 1,4% do PIB do país. Mas sem combustível, esses benefícios não podem ser realizados.
Essa crise também levanta questões mais amplas sobre as políticas de combustível do Brasil e se elas estão gerando o melhor resultado para a população e as empresas do país. Devido às políticas do governo, as companhias aéreas pagam pelo combustível de aviação no Brasil mais do que quase qualquer outro lugar do mundo.
Por exemplo, embora o Brasil importe menos de 10% de seu combustível de aviação, o preço do combustível se equipara ao preço de importação do Golfo do México. A política de preços de paridade de importação do Brasil aumenta cerca de 660 milhões de dólares por ano na conta das companhias aéreas. Além disso, o Brasil tem um dos ICMS mais altos sobre o combustível doméstico (19% em média). No Estado de São Paulo, o maior mercado de transporte aéreo do Brasil, o ICMS é de 25%.
A remoção da carga pesada imposta pelos custos do combustível na aviação e nas viagens aéreas estimulará a economia brasileira e tornará as empresas brasileiras mais competitivas nos mercados mundiais.
Peter Cerda, vice-presidente regional da IATA para as Américas.
Greve acarreta adiamento da Campus Party Brasília para 27 de junho a 1º de julho
Na nota divulgada após a entrevista coletiva do governador, um dos itens informa que não há ainda uma nova data (sine die) para o evento: "A Campus Party, prevista para ser realizada entre os dias 30 de maio e 3 de junho, foi adiada sine die em função da retenção de equipamentos em rodovias federais em outras unidades da Federação e as dificuldades do tráfego aéreo nacional."
No entanto, um informe divulgado pela organização da Campus Party afirma que o encontro deve ocorrer entre 27 de junho a 1º de julho. "Toda a organização está unindo esforços para comunicar cada participante, em especial aqueles que se deslocam de outras regiões para o evento", diz o texto (veja a nota acima).
Devido à greve e paralisação dos caminhoneiros que traz graves impactos para todo o país, a TIM, Universal Music e D&M Promoções e Eventos foram obrigados a cancelar o FESTIVAL TIM MUSIC, que seria realizado sábado (26/05) na Arena Anhembi em São Paulo. A decisão foi tomada levando em consideração, sobretudo, a segurança do público que estaria presente, além da logística terrestre das equipes técnicas, e deslocamento aéreo dos artistas. "Informamos que os valores desembolsados para a compra do ingresso serão integralmente restituídos: valor de face do ingresso, taxa de conveniência e taxa de entrega (quando aplicável)". Consulte as informações sobre a restituição em http://bit.ly/CancelamentoFestival
Giovanna Escobar, do marketing do Grupo Frezarin, que faz montagem e execução de equipamentos audiovisuais em eventos corporativos, diz que as informações ainda são parciais, mas dão uma medida dos problemas acarretados pela greve.
“Tivemos 4 eventos cancelados entre ontem e hoje em Londrina, norte do Paraná. As empresas alegaram cancelamento pela falta de combustível e os participantes não poderiam comparecer”.
Evento Cooperativa Integrada, Convenção (Londrina)
Evento da Saraiva – Lançamento (Londrina)
Evento interno de uma empresa farmacêuticada
Paulo Amorim, gerente de Relacionamento B2B do Grupo R1, diz que “já estamos sentindo impacto na logística de entrega dos equipamentos e realização de nossos serviços, tendo em vista a dificuldade de compra de combustível. Estamos com um planejamento específico para minimizar os impactos e atender os serviços previamente contratados”.
Regiane Alves Pinto, supervisora de Marketing do Atacado Ideal, diz que “amanhã, dia 25/5, iniciaria nossa Convenção de Clientes (sexta a domingo). 80% da estrutura já estava no Hotel, mas os outros 20% ainda estava na estrada, entre eles Painel Institucional, Troféus, Brindes e Volumes. Receberíamos 80 pessoas, de diversos estados do Brasil. Contudo, a distância e a falta de combustível comprometeriam seus deslocamentos. O que poderia ser algo agradável, poderia se transformar em algo constrangedor”. O evento foi remanejado para outra data.
Luciana Brás Freire, do Sistema de Ensino Poliedro, diz que “em virtude da greve, que paralisa diversos serviços pelo país, a decisão da empresa foi por cancelar o evento que aconteceria neste sábado e programar uma nova data para o segundo semestre. Estávamos com toda a operação estruturada para atender aos 450 participantes. Mas, era preciso assegurar o deslocamento dos envolvidos”.
A Folha de S. Paulo comunicou o adiamento da 2a. edição do Seminário Segurança no Trânsito que seria realizado na segunda-feira (28 de junho), "em virtude da greve dos caminhoneiros que assolou o país nos últimos dias, fez-se necessário marcar nova data para realização deste seminário. Ainda que um acordo tenha sido fechado no último dia 24, a situação ainda não está normalizada. De tal modo que palestrantes de outras regiões, fornecedores e equipes de produção não conseguirão atender às necessidades da organização do evento na data anteriormente divulgada". O evento foi adiado para o dia 11 de junho.
Em seu Instagram, Daniel informou que as apresentações que feria nesta sexta-feira (25) e sábado (26) foram adiadas. “Atenção ao público dos shows de Ponta Grossa/PR (25/05) e São José dos Campos/SP (26/05). Em função dos acontecimentos recentes em nosso País, não será possível a realização dos eventos deste final de semana, pois a logística de transporte foi comprometida. Porém informamos que os dois shows já têm nova data para acontecer: Ponta Grossa/PR – 9 de junho (sábado) e São José dos Campos/SP – 8 de julho (domingo). Os ingressos serão mantidos e para qualquer informação adicional, os organizadores dos shows estarão à disposição", explicou a produção do cantor.
ESPIRITO SANTO
A cantora Maria Rita comunicou seus fãs pelo Twitter sobre o cancelamento do show que faria em Vila Velha. “Devido à greve dos caminhoneiros, as carretas que transportam os equipamentos, instrumentos musicais e cenários do show ‘Amor e Música’ não chegarão a tempo da apresentação deste fim de semana em Vila Velha, impossibilitando a sua realização. O show foi transferido para o dia 14 de setembro (sexta-feira) e os ingressos previamente adquiridos permanecem válidos para a nova data”.
A cantora Wanderlea também cancelou a apresentação que faria com seu musical “60! Década de Arromba”, que seria apresentado em Vila Velha, Espírito Santos, na sexta-feira (25) e no domingo (27). “Devido à greve dos caminhões e a falta de combustível, não conseguimos chegar com a produção em tempo hábil de montar e realizar as apresentações”.
A seguir, colecionamos uma dezena de links que dão uma amostra da gravidade do que vem ocorrendo no setor Turismo, assim como em todas as outras atividades.
Impacto da greve geral na agenda de eventos da cidade de São Paulo neste fim de semana
Eventos culturais são cancelados devido a greve dos caminhoneiros
TJMS adia Fórum Nacional devido a greve dos caminhoneiros
Prefeitura cancela eventos em Resende
Festival do Cambuci, em Salesópolis, cancelado
Eventos são cancelados em Cabo Frio neste final de semana
Evento CEART da UDESC é cancelado
Terceira edição da Festejar Gramado é transferida
Salão Moto Brasil é adiado para semana que vem
Complexo Turístico Itaipu terá atendimento reduzido a partir desta sexta-feira
Greve de caminhoneiros ameaça evento de crossfit no Rio
Festival R.U.A. suspenso devido à crise nacional de abastecimento
Shows e eventos do fim de semana são cancelados na região de Caçapava, São José, Caraguá e Taubaté
Eventos esportivos são cancelados no Mato Grosso do Sul
Aerofest é cancelado devido à greve dos caminhoneiros
Eventos são cancelados ou adiados em Pernambuco
Greve dos caminhoneiros ameaça realização dos jogos do Brasileirão
Atualizado dia 28/5/2018, às 23h23
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