Os trabalhos de desconstrução do Estádio Olímpico, localizado no bairro Azenha, em Porto Alegre, avançam. De acordo com as empresas Ramos Andrade Engenharia e OAS Engenharia, responsáveis pelos trabalhos, quase 60% do estádio já passou pela fase de demolição seletiva, ou seja, que retira as paredes e estruturas internas e repara itens como metal, ferro, gesso e vidro para reutilização.
A preparação para a implosão do estádio está em estágio avançado. Do total de 60% da área onde as duas empresas podem trabalhar, 97% dos trabalhos estão concluídos. Os outros 40% somente sofrerão obras quando o Grêmio transferir integralmente suas atividades para a Arena, localizada no bairro Humaitá.
A técnica que será usada na implosão do estádio foi apresentada aos secretários da Smurb. Conforme o engenheiro Hamilton Simões Pires, da Ramos Andrade, o sistema utilizará brocas com ponta de diamante, que garantem mais precisão e alinhamento aos furos que serão feitos na estrutura. "É um sistema mais caro, porém, que permite um melhor aproveitamento das cargas", salientou Pires.
No total, serão entre 2 mil e 2,4 mil furos, nos quais serão colocadas bananas de dinamite de uma polegada de diâmetro por oito polegadas de comprimento. O processo de implosão do Estádio Olímpico empregará um total de 400 quilos de dinamite.
Segundo as empresas, a implosão deverá durar 17 segundos, mas a poeira deverá levar cerca de 15 minutos para baixar. A previsão é de que cerca de 1,8 mil moradores tenham que deixar suas residências por algumas horas.
A licença para a demolição do Estádio Olímpico foi concedida em julho deste ano pela Smurb. As empresas aguardam a liberação de outras licenças para programar a implosão. "Observamos a seriedade técnica que está sendo empregada no processo de desconstrução do Estádio Olímpico. Os processos de licenciamento continuam tramitando normalmente e a licença para implosão deverá ser concedida em breve pela prefeitura", afirmou Gothe, sem estipular prazos.
Também acompanharam a visita o coordenador da Supervisão de Planejamento Urbano da Smurb, José Cogo, o engenheiro Daniel Andrade e a engenheira Andressa Venturini, da Ramos Andrade, e Eduardo Pinto e Guilherme Daltro, da construtora OAS.
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