Conecta Fórum Eventos recebeu o americano Corbin Ball para falar de Eventos Híbridos

O encontro virtual abordou o tema “Eventos Híbridos - Como a tecnologia pode ajudar a melhorar os eventos e feiras”.

Com moderação de Sérgio Junqueira e Vanessa Martin, centenas de participantes do trade puderam dirimir dúvidas e ter um vislumbre do que teremos pela frente depois da pandemia.

Realizada em uma sala fechada para uma dezena de profissionais convidados, patrocinada pela Midiacode e VM Consultoria, e com tradutora em tempo integral patrocinada pela Vice Versa Tradução Simultânea, a LIVE foi transmitida em tempo real para os canais do Facebook, com áudio original do palestrante em inglês, e Youtube, com a tradução simultânea para o português.

O americano Corbin Ball, por cinco anos eleito um dos mais influentes da indústria de eventos mundial, é um dos maiores especialistas em tecnologia de eventos. Ball foi um dos palestrantes presentes na edição inaugural do Fórum Eventos, em 2013.

Corbin  iniciou lembrando que em mandarim a palavra crise é representada por dois ideogramas: risco e oportunidade. Falou um pouco sobre os riscos, mas focou mais nas oportunidades, que são muitas.

De acordo com Ball, a recuperação dos encontros presenciais será muito lenta. Enquanto não surgir uma vacina e o planeta inteiro for vacinado, muita gente deixará de viajar para participar de eventos face to face. Também deve contribuir para isso a enorme depressão econômica que virá. Companhias aéreas estão entrando em recuperação judicial, hotéis estão fechando ou em grave situação. Isso porque as viagens são um dos primeiros cortes numa crise econômica. Grandes corporações, como Facebook e Microsoft, já anunciaram que não farão nem participarão de eventos com mais de 50 pessoas até julho de 2021.

Mas há um outro dado interessante. Pesquisa realizada pela PCMA (Professional Convention Management Association), em 5 de maio de 2020, perguntou a 935 planejadores de reuniões sobre o seu interesse ou motivação para viajar para um evento de negócios.

  • 28% não viajariam
  • 20% dirigiriam até 4 horas
  • 11% voariam até 2 horas
  • 10% voariam até 5 horas
  • 31% aceitariam qualquer distância necessário se o programa valesse a pena

Os dois primeiros percentuais revelam que quase a metade não viajariam de avião. Ou seja, os primeiros eventos presenciais a serem viabilizados serão aqueles aos quais se pode chegar de carro. E os hotéis e centros de convenções estão sendo muito competentes em estabelecer protocolos que viabilizem essas reuniões com segurança.

Eventos como o IMEX, onde milhares de pessoas ficam quase coladas umas às outras, isso não vai acontecer por um longo tempo. Talvez só depois de uma vacinação planetária. O prefeito de Los Angeles já anunciou que não haverá grandes shows ou eventos na cidade até 2021.

Eu estou notando importantes inovações nos encontros digitais. Temos centenas de empresas de tecnologia que estão implementando uma reviravolta ao oferecer serviços de reuniões.

Nós temos uma explosão de crescimento nas reuniões digitais. No início do ano nós tínhamos 10 milhões de usuários, hoje são mais de 350 milhões de pessoas usando aplicativos de reuniões digitais. Diante da crise gerada pela pandemia, segundo ele, surgiram muitas oportunidades, há muita inovação em andamento. Crianças estão tendo aulas via Zoom, e os avós também estão se comunicando por este app. Isso vai virar uma rotina normal para todos nós, mesmo quando não tivermos mais o vírus.

No novo normal, as reuniões digitais serão uma grande reviravolta. O Google Meet já anunciou que terá uma versão gratuita para até 100 pessoas. O Facebook Rooms segue no mesmo caminho. São ferramentas de baixíssimo custo ou até mesmo gratuitas.

Mas há um outro nível de sofisticação voltado especificamente para eventos. Há o Pandomeetings.com, que tem um moderador profissional, ferramentas de engajamento e um custo de 40 mil dólares, num estúdio durante 10 horas. O Hopin.to é outra ferramenta citada por Corbin, que tenta replicar o evento ao vivo, com recepção, área do evento principal, área para estandes e networking. A já conhecida Conference Solutions passou para o formato virtual. O Meetingplay.com é outra proposta. O PlanetImex.com foi uma saída para viabilizar o evento Imex. Tem 3 ilhas diferentes: educação, comunidade e networking. É um belo exemplo de evento digital.

Mesmo dizendo que considera os eventos presenciais insubstituíveis, especialmente para networking, Corbin citou alguns benefícios das reuniões digitais:

  • baixo custo (sem custo de viagem, de buffet, de audiovisual)
  • pode haver aumento de participantes quando você abre para o mundo. Um exemplo é a Salesforce, em Sidney, Austrália. Eles planejaram uma reunião com 10 mil pessoas. Uma semana antes decidiram fazer virtual. E atingiram 1,5 milhão de pessoas assistindo e outras muitas engajadas.
  • as reuniões digitais são muito boas para as métricas, para monitorar o comportamento dos participantes. a coleta de dados é muito melhor

Corbin disse estar certo de que as reuniões digitais permanecerão depois do fim da pandemia, mas considera que as reuniões híbridas deverão ser a tendência mais forte.

Segundo ele, a canibalização é um mito. Um exemplo disso são os jogos de futebol, basquete e outros. Em 1939 houve a primeira transmissão de um jogo de futebol americano pela TV. E a preocupação era que as pessoas não iriam mais ao evento. E o que se percebeu é que as plateias nacionais e internacionais são muito maiores.

Uma pesquisa feita antes da Covid-19, com 1800 planejadores de reuniões, pela MPI Hybrid Meeting Survey, perguntava sobre a principal preocupação sobre um evento híbrido, e eles falavam sobre a canibalização, mas 88% relatou nenhuma mudança negativa em reuniões futuras, nenhuma canibalização. E quando perguntavam por que participou virtualmente do evento:

  • 55% disseram que não tinham orçamento para viajar
  • 50% não podiam sair do escritório
  • 45% disseram que o custo do evento era muito alto
  • 25% não tiveram tempo para planejar
  • 20% preferiram assistir à gravação depois
  • 15% disseram preferir o virtual, provavelmente por falta de dinheiro ou de tempo

Ou seja, se for disponibilizada a opção virtual, muito provavelmente será muito aumentada a participação, melhorando o ROI e aprimorando a coleta de dados.

Mas ele alertou que o sucesso dependerá de muitos quesitos:

  • Preparação, teste e roteiro
  • Treinamento e ensaio de palestrante para web
  • Moderação forte, um mestre de cerimônias virtual para gerenciar esse grupo virtual
  • Evento deve ser visualmente dinâmico, com slides, animações, vídeos
  • Engajar a audiência online com pesquisa remota, perguntas e respostas sociais, votação remota
  • Ter controle do tempo. Começar no horário, não ter atraso
  • Ter fornecedores de tecnologia experientes

Respondendo a uma pergunta de Vanessa Martin, sobre a viabilidade dos eventos híbridos, Corbin respondeu que as pessoas estarão dispostas a pagar para ter experiências. Tem tanta inovação surgindo que as experiências serão muito interessantes. Nós seremos forçados a isso pela crise. E as pessoas pagarão se tiver uma boa qualidade do produto.

Corbin finalizou dizendo que queria ter uma varinha mágica para tudo voltar ao normal. Mas diz que  certamente será um novo normal. "Meu grande conselho é abraçar a mudança. Pois ela virá".

Confira no vídeo abaixo a live na íntegra:















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Fonte: assessoria