Painel “Megaeventos” analisa Potencialidades, Dificuldades e Desafios

Otimismo imperou no oitavo painel. Copa, Olimpíada e Expo 2020 são muito mais que desafios; são oportunidades únicas que jamais se repetirão com essa dimensão e contiguidade.

O subtítulo do painel, "A Década de Ouro", foi amplamente corroborado pelos três palestrantes: José Estevão Cocco, da Academia Brasileira de Marketing Esportivo, Fernando Prestes Maia, da UpGrade Hospitality e Nádia Campeão, vice-prefeita de São Paulo.

J. Cocco iniciou e concluiu sua intervenção com a provocação: “A bola está pingando na área: é só chutar”. E ampliou o espectro desses megaeventos: “Copa e Olimpíada não se resumem ao restrito período dos jogos; há muitas oportunidades antes e depois deles”. Revelou, ainda, estudo do Sebrae que conclui que a Copa cria oportunidades para 1200 atividades.

Segundo ele, o “sportainment”, neologismo que agrega esporte e entretenimento, é a indústria que mais cresce no mundo há mais de uma década. Movimenta US$ 1 trilhão, sendo US$ 300 bi só com o esporte, dois terços concentrados no futebol. A razão é simples: ambientes festivos criam sensação de felicidade, e para criar esse clima o esporte é imbatível, pois diverte e apaixona.

Para se analisar o sucesso de uma marca, antigamente se media o share of market; depois evoluiu-se para o share of mind; hoje, mede-se o share of heart, a capacidade de envolver, seduzir, apaixonar o cliente.

Não é por outra razão que a TV fatura R$ 30 bilhões só com o esporte.

Fernando Prestes Maia salientou que, apesar de gerarem muito menos impacto na mídia, há muitos outros megaeventos além da Copa, da Olimpíada, como os Jogos Mundiais Militares de 2011, a Jornada Mundial da Juventude e a Copa das Confederações, este ano, a Convenção Mundial do Rotary Club, em 2015, a Expo 2020 e as festividades pelos 200 anos da independência, em 2022.

Depois de situar a hospitalidade ao longo da história, passando pelo Egito e Grécia antigos, citar o Papa como uma nova brisa de amabilidade para o mundo, o profeta que ensinava que “Gentileza gera Gentileza”, concluiu que se uma cidade não recebe, serve e atende bem seu visitante, não pode esperar que ele volte.

Para Fernando, o setor chegou a um patamar que não permite mais que seja comparado consigo mesmo, mas com o mundo. E os maiores desafios são a infraestrutura e a mão de obra.