ABAV: é chegado o momento de reação

Feira das Américas está oficialmente aberta e pretende fazer a diferença para a recuperação do setor. Cerimônia contou com Presidente da Abav, Ministra do Turismo e Autoridades

A cerimônia de abertura da ABAV contou com discurso emocionado de João Martins Neto, presidente da Associação que deixa o cargo ainda esse ano e se despede da Abav, e também da Ministra do Turismo Marta Suplicy e do governador do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral.

O evento contou com a presença de diversas autoridades do trade, tanto que João Martins iniciou seu discurso salientando: "nunca, em tempo algum, a Abav teve tantos governadores".
 
Uma das grandes novidades da feira para esse ano é a escolha de um estado patrono. O primeiro a ser escolhido foi o Amazonas, que segundo João Martins “se insere perfeitamente no panorama atual de preocupação com o ambiente, e até mesmo com a própria vida”.

João Martins ainda falou sobre a diferença de atuação dos abavianos nos anos de 2005, como contemplativos, e a grande reviravolta de 2006, com atuações vibrantes. Em 2007, o ritmo não poderia ser diferente e João Martins ensaiou mais uma vez um discurso forte e um tanto provocante, com antigas discussões e novos alertas.

Presidente da Abav volta a falar sobre a crise aérea e comenta performance da Anac

Para o presidente da Abav o tema escolhido para esse ano Turismo: a força de reação “exprime uma convocação para o todo o trade, para todos os homens de bem”. Ela reflete a vontade de todos os envolvidos no setor de turismo, “basta com a somatória de erros, lapsos e descasos do sistema aéreo”. O tema, que já virou problema antigo, mas continua a fazer a primeira página de muitos jornais, foi retomado por João Martins com a demonstração de sua indignação com certos órgãos governamentais.

A Abav havia enviado no ano passado um documento por escrito para a própria Anac, alertando para os problemas com possibilidades escalantes do setor aéreo.

“Foi ridículo ver e ouvir autoridades, que deveriam exercer suas funções no setor de aviação, se esquivarem de suas funções” disse João Martins, que foi mais a fundo: “as tragédias dos vôos da Gol e da Tam comprovaram a veracidade de nosso alerta”.

Para João, não existe crise de mercado, pelo contrário, os números são bastante positivos, o crescimento da demanda de vôos cresceu em 12,6% em 2006 e para 2007 já calcula-se um aumento de 15 a 18%.

“O problema é o cenário extremamente crítico de operacionalidade e infra-estrutura de nossos aeroportos. O caos e incerteza no setor aéreo é resultado de problemas conjunturais” comentou Martins.

Além disso, o presidente da Abav foi fortemente aplaudido quando disse: “Não foi por falta de órgãos que o setor aéreo não se recuperou, temos a Anac, Infraero, Conac e Ministério da Aeronáutica, mas infelizmente nosso país é pródigo em criar órgãos para não exercerem suas tarefas e leis para não serem respeitadas”.

Por fim, João Martins deixou os abavianos com o seguinte pensamento: é chegado o momento de reação! Não podemos nos esquecer da força construtiva do turismo”.