Aurum Exhibitions empresa especializada no atendimento internacional em feiras realizadas no Brasil

Para entender melhor como os participantes internacionais das feiras nacionais percebem o Brasil, o Portal Eventos entrevistou Beatriz Camargo e Renata Franceschini

No quesito economia, só podemos dizer que ‘o mar não está para peixe’, crescimento da inflação, redução na oferta de emprego e empresas lutando para manterem os números do ano anterior. Em uma situação assim, resta, muitas vezes, aos empresários o corte de custos, fechar as portas, ou a missão de reinventar a roda, porém, há empresas que conseguiram aumentar, dobrar e até quadruplicar o crescimento, como a Aurum Exhibitions, que nadando contra a maré, em comparação ao ano de 2014, cresceu 478% e obteve um lucro de 128%.

A empresa de inteligência e produção executiva direcionada para feiras e eventos de negócios, criada há três anos pela publicitária Renata Franceschini que atua no mercado de feiras e eventos há 15 anos, e pela jornalista Beatriz Camargo, com 10 anos de atuação em eventos, atua em mais de 11 países, entre eles: EUA, Canadá, Peru, Espanha Inglaterra, África do Sul, Moçambique, China, Brasil etc. “Somos especializadas em atender empresas internacionais que tem interesse em realizar feiras de negócios no Brasil. Atuamos em todas as etapas do processo da organização e operação para a participação de empresas estrangeiras no mercado de eventos no Brasil”, completa Renata.

Gerenciando feiras e eventos para clientes como Intel, Intelsat, Tungstein, Media Networks, Instituto Nacional do Turismo de Moçambique (Inatur), DLNA, Amadeus e outros, a Aurum presta Atendimento Internacional: suporte completo para as empresas estrangeiras que precisam desde a reserva do voo, transfer, roteiros gastronômicos, controle de agenda até montagem de evento, importação de produto durante a feira ou evento, com um diferencial, tudo pode ser realizado no idioma escolhido pelo cliente. “Com essa implantação em um mercado carente do serviço, a Aurum diminui consideravelmente as demandas e soluciona eventuais problemas. Atendemos e suprimos de maneira estratégica qualquer necessidade de empresas estrangeiras com um serviço de excelência personalizado que oferecemos para cada projeto”, acrescenta Beatriz.

Tanto é que a empresa constou no Manual do Expositor da feira ABTA (Associação Brasileira de Televisão por Assinatura) por dois anos consecutivos como a única empresa com o Atendimento Internacional Oficial.

Com uma produção executiva especializada de excelência tendo uma ampla gama de profissionais que são gerenciados por Beatriz e Renata, “precisamos sempre colocar a inteligência Aurum em todos os processos para alcançar o resultado de todas as nossas ações com técnicas apuradas para dar o retorno esperado ao cliente. Ressaltando que um dos nossos principais diferenciais está no conhecimento que temos da cultura brasileira, ou seja, já temos um perfil padrão e adequamos de acordo com o público-alvo da empresa contratante, logo, imergimos na empresa para conhecer os produtos e serviços e com a consciência cultural, apresentamos ao público, por meio do live marketing, de maneira assertiva”, finalizam.

Para entender melhor como os participantes internacionais das feiras nacionais percebem o Brasil, conversamos as duas empresarias.

PORTAL EVENTOS - Qual a evolução na participação de empresários internacionais em feiras nos últimos três anos?

BEATRIZ/RENATA - Segundo a Abeoc Brasil (Associação Brasileira de Empresas de Eventos) o setor de feiras deve retrair cerca 30% neste ano. Ano passado também houve retração. Isso porque a participação em feiras de negócios está relacionada ao crescimento e retração do mercado. Além disso, muitas empresas estão revendo o modo de trabalhar as ferramentas de marketing disponíveis.

A União Brasileira dos Promotores de Feiras (Ubrafe) calculou que, até o final de 2016, serão 4.500 expositores internacionais participando das principais feiras do país: uma estimativa de que serão: 14% no setor de alimentos; 16% no setor de saúde e beleza; e 12% no setor da indústria.

Segundo dados da UFI The Global Association of the Exhibition Industry

• Feiras entregam um importante tempo face to face com potenciais clientes e parceiros atraindo mais de 260 milhões de visitantes por ano em todo o mundo

• A indústria está avaliada em $55 bilhões de dólares

• Com 4.4 milhões de empresas expondo anualmente, feiras são importantes para o desenvolvimento do trade global

• A indústria cria 700.000 postos de trabalho diretos

PE - Qual o perfil deste empresário?

B/R - Na participação em uma feira atuam alguns perfis corporativos, em geral:

- O responsável de marketing, ou agência contratada que realiza a gestão operacional do pré-evento

- Diretor ou equipe comercial, CEO, ou empresário que chega para participar do evento.

Lembrando que essas pessoas, independente dos cargos são:

- Os que realizam o pré-evento, que trabalham com fuso horário diferente, contratam fornecedores a distância e organizam todo um evento a distância.

- Os que vêm para montagem (produtores executivos) e/ou evento (equipe comercial, CEO ou empresário) e precisam lidar com fuso horário, trânsito de São Paulo, umidade típica do nosso país tropical.

PE - Quantos dias, em média, ele costuma ficar no Brasil?

B/R - Em média de 5 a 7 dias.

PE - Além da participação na feira, que outras atividades eles praticam na cidade?

B/R - Eles querem fazer shopping e visitar algum lugar turístico como, por exemplo, a Av. Paulista, ou experimentar nossa culinária. Além disso, se tiverem a oportunidade, querem conhecer as praias brasileiras, e o Rio de Janeiro segue como preferido.

PE - Qual a evolução da percepção destes empresários sobre o Brasil?

B/R - Das conversas que temos com nossos clientes, o Brasil é um lugar adorável para férias e complicado para trabalhar. Muitos impostos, tudo muito caro, demora de atendimento e burocracia.

PE - E sobre São Paulo?

B/R - São Paulo é cosmopolita. Uma cidade que encanta apesar de comentarem que é muito cara.

PE - Qual a influência da localização dos centros de convenções (Anhembi, Expo São Paulo e Transamérica) na perspectiva do visitante internacional desfrutar da gastronomia e os atrativos históricos, culturais e gastronômicos?

B/R - As pessoas preferem uma localização com opções de restaurantes e lojas, que lhes permita sair do hotel a pé e em segurança. Normalmente indicamos para nossos clientes a região da Av. Paulista, Itaim e Moema, dependendo de onde acontece o evento.

PE - De 1 a 10, qual nota os visitantes internacionais tem de São Paulo e do Brasil?

B/R - Precisaríamos perguntar a eles, (risos). Mas, podemos dizer que nossos clientes gostam de participar de eventos no Brasil, desde que começaram a trabalhar conosco.

PE - Quais as principais dificuldades/entraves os empresários internacionais encontram no Brasil?

B/R - A cultura de cada país e de cada pessoa, a cultura organizacional de uma empresa influencia fortemente na maneira como trabalhamos.

Trabalhar em uma segunda língua não é simplesmente falar, é preciso entender o significado que cada cultura coloca em suas frases, em seus gestos no tom de voz.

Notamos que uma das grandes dificuldades que essas pessoas encontram é cultural. No Brasil trabalhamos de modo diferente, negociamos de modo diferente, temos ritmos e tempos próprios, assim como as demais culturas. Acreditamos que não é propriamente uma dificuldade de trabalhar com o Brasil, e sim uma dificuldade de trabalhar fora de seu país de origem, com pessoas que não tem a mesma origem cultural que a deles. Talvez por essa razão, algumas pessoas só trabalham com compatriotas em outros países.

É importante ressaltar que trabalhar em operacional de feiras de negócios significa lidar com alto nível de stress. Qualquer pequeno desentendimento pode se tornar um grande problema se houver falha de comunicação.

PE - O que mais agrada aos empresários internacionais?

B/R - No setor de feiras e eventos, consideramos a previsibilidade. Eles querem encontrar o que foi contratado, simples assim.

Estas pessoas que estão aqui para trabalhar, muitos fazem longas horas de viagem, estão cansados, com jet-lag, não querem surpresas (mesmo porque surpresas em eventos normalmente não são boas). Em nossa opinião, um bom trabalho, com o perdão da repetição, para quem está a trabalho, é o que mais agrada em qualquer lugar do mundo.