O secretário nacional de Políticas do Turismo, Vinicius Lummertz , do Ministério do Turismo, lançou nesta sexta-feira (23), em Gramado (RS), o Programa Turismo Acessível. O pacote de incentivos à estruturação e promoção do segmento no país prevê investimentos iniciais de R$ 10 milhões. O objetivo é promover a inclusão social e o acesso de pessoas com deficiência ou mobilidade reduzida a qualquer atividade turística no Brasil.
Realizado em parceria com a Embratur (Instituto Brasileiro de Turismo) e a Secretaria Especial de Direitos Humanos da Presidência da República (SDH/PR), o Turismo Acessível foi apresentado em atividade oficial do Festival de Turismo de Gramado – Festuris. Três metas do programa devem ser incorporadas ao Viver sem Limites, Plano Nacional dos Direitos da Pessoa com Deficiência, do governo federal.
São elas: qualificar e sensibilizar para o tema aproximadamente oito mil profissionais e, nas 12 cidades-sede da Copa do Mundo de 2014, incentivar a ampliação do número de unidades habitacionais acessíveis para 5% do total, e apoiar aproximadamente 100 obras de implantação e adequação da infraestrutura turística e de apoio à acessibilidade.
Outros objetivos importantes do Turismo Acessível são a implantação de um sistema de certificação de informações sobre acessibilidade de empreendimentos e atrativos turísticos de destinos; incentivo ao acesso de pessoas com deficiência no mercado de trabalho no turismo; apoio a comercialização, promoção e posicionamento de destinos e produtos turísticos acessíveis.
O programa também se estrutura nas seguintes linhas de atuação: estudos e pesquisas; capacitação e sensibilização; qualificação de serviços; e infraestrutura turística e de apoio. O Brasil possui hoje 1,5% de unidades habitacionais adaptadas à acessibilidade nas 12 cidades-sede da Copa e seus entornos.
De 270.847, 4.170 são adaptadas. De acordo com o censo de 2010, 23,9% da população brasileira (45.623.910) possuem alguma deficiência. Segundo o secretário Vinicius Lummertz, o modelo pode servir de referência a todos, e Gramado pode ter 100% de acessibilidade. “Vamos criar uma consciência de mercado, numa sociedade mais solidária. Com certeza, teremos ganhos”, diz ele. Para completar, a secretária de Direitos Humanos da Presidência da República, Maria do Rosário reforçou que defender a acessibilidade também significa ganhos econômicos, social, cultural e humano. “Vivemos na era da convivência”.
Fonte: Ascom
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