Meliá Hotels International se engaja na campanha Maio Laranja

Até dia 31 de maio, hóspedes e colaboradores dos hotéis da rede no Brasil estão sendo convidados a doar R$ 1,00 em prol do Centro de Defesa da Criança e do Adolescente.

A Meliá Hotels International sempre teve o compromisso de atuação responsável nas comunidades em que está inserida. Por isso, agora dirige todos os seus esforços para a ação do Dia Nacional de Combate ao Abuso e à Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes, lembrado no dia 18 de maio, data que foi instituída pela Lei 9.970, também conhecida por Maio Laranja.

De 12 a 31 de maio, todos os hóspedes serão incentivados a doar R$ 1,00 em prol do CEDECA-BA (Centro de Defesa da Criança e Adolescente) no momento do check in, onde serão informados da ação pelos atendentes, além da comunicação no hotel via display e redes sociais. A campanha conta também com a participação voluntária de todos os colaboradores, que terão a opção de contribuir com a instituição através da autorização de desconto em folha de pagamento.

Mais do que arrecadar dinheiro para a ONG, a Meliá acredita que, como empresa, tem o dever de contribuir para o esclarecimento e o enfrentamento a temas como violência sexual contra crianças e adolescentes, permitindo o desenvolvimento do Turismo sustentável.

“Entendemos que os profissionais do Turismo têm um papel muito importante de conscientização das pessoas envolvidas e no processo para a erradicação da violência contra os menores. Por isso, trazemos como parte da nossa missão atuar de forma a coibir práticas contrárias às leis de proteção e garantia dos direitos das crianças e adolescentes”, comenta Muna Hammad, Diretora de Recursos Humanos e Sustentabilidade da Meliá.

Saiba mais sobre o histórico da data:

Em 18 de maio de 1973, Araceli Cabrera Crespo, de oito anos de idade, desapareceu para nunca mais ser vista com vida. Seis dias depois, o corpo de Araceli foi localizado num terreno baldio, próximo ao centro da cidade de Vitória, Espírito Santo. A menina foi espancada, estuprada, drogada e morta. Seu corpo foi desfigurado com ácido. À época do crime, os policiais ouviram diversas versões sobre o ocorrido e após o julgamento e a absolvição dos suspeitos, o processo do Caso Araceli foi arquivado pela Justiça.

A morte de Araceli, no entanto, serviu de alerta para toda a sociedade brasileira, exibindo a realidade de violências cometidas contra crianças. Pela brutalidade e truculência, a data do assassinato tornou-se um símbolo da luta contra essa violação de direitos humanos.

Em 2000, por meio da Lei 9.970, foi instituído o dia 18 de maio como o “Dia Nacional de Combate ao Abuso e à Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes” e, anualmente, entidades governamentais, não- governamentais e representantes da sociedade civil aproveitam essa data para, além de formulação de políticas públicas, promover reflexões e debates em torno do tema.

Pensando nisso, o Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos, através da Secretaria Nacional dos Direitos da Criança e do Adolescente lançou a Campanha Nacional “Maio Laranja”, que tem como escopo, durante todo o mês de maio, incentivar a realização de atividades para conscientizar, prevenir, orientar e combater o abuso e a exploração sexual de crianças e adolescentes.

A proposta é tirar o tema da invisibilidade, informando, sensibilizando, mobilizando e convocando toda a sociedade a participar da causa em defesa dos direitos de crianças e adolescentes.

De 2011 ao primeiro semestre de 2019, foram registradas mais de 200 mil denúncias de violência sexual contra crianças e adolescentes, segundo dados da Ouvidoria Nacional dos Direitos Humanos, via “Disque 100”. Considerando o fato de que pesquisas afirmam que apenas 10% dos casos são notificados às autoridades, somos impactados com a impressionante cifra de mais de 2 milhões de casos neste período em nosso país.

A infância é uma das fases mais importantes do desenvolvimento humano e um evento traumático nesta fase pode ser determinante para a fase adulta. Por isso, é importante protegê-la. Deste modo, com a presente publicação, queremos fortalecer o referencial teórico e prático dos profissionais da rede de proteção da criança e do adolescente e elevar o número de pessoas capazes e dispostas a denunciar os casos concretos de violência sexual contra o público infanto-juvenil. Mais do que isso, queremos sensibilizar as famílias brasileiras para que protejam suas crianças e adolescentes do abuso e da exploração sexual.

Muitas vezes a criança ou adolescente não relata o episódio de abuso, por não compreender ou por medo, mas alguns sinais podem ser percebidos de forma involuntária. Em casos onde há suspeita ou certeza, não hesite. Disque 100 ou acesse o Aplicativo “Direitos Humanos Brasil” e denuncie. É importante reforçar o compromisso da Secretaria Nacional dos Direitos da Criança e do Adolescente do Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos na formulação de estratégias concretas de implementação da Lei n.º 13.431/2017, que normatiza e organiza o sistema de garantia de direitos através da integração de programas, serviços e de procedimentos não revitimizantes para a escuta de crianças e adolescentes vítimas de violências.

Fonte: Assessoria