No rastro do crescimento do produto interno bruto, o turismo de negócios puxou o faturamento dos hotéis no país ao longo de
Sem esse mercado de hóspedes executivos, diz Auton, os hotéis estariam em má fase, devido ao câmbio valorizado e à crise aérea deflagrada no ano passado. "Neste ano, o dólar desvalorizado afastou os turistas estrangeiros, que passaram a procurar destinos mais baratos para o lazer", afirmou. A queda da cotação do dólar também afetou o segmento ao desviar parte dos turistas brasileiros para o exterior.
No Rio, o hotel Marina Palace apresentou 65% da ocupação de janeiro a setembro composta pelos que chegam à cidade para trabalhar. "Desde
O Marina Palace tem sete andares exclusivos para esse público e, por conta da demanda crescente, formada em sua maioria por executivos estrangeiros, vai reformar mais quatro andares no ano que vem. "Apesar da diária 20% mais cara, os apartamentos desses andares estão sempre lotados", disse Anna Luiza.
De olho no filão, o hotel Sofitel do Rio planeja ir à Europa e aos Estados Unidos em busca de contratos empresariais neste ano. "Queremos atrair as empresas internacionais e trazer grupos de
Da mesma cadeia hoteleira, a francesa Accor, o diretor de operações dos hotéis Mercure e Novotel no Brasil, Orlando de Souza, prevê expansão de 12% no faturamento neste ano para as 26 unidades das duas marcas localizadas somente
"A grande vocação de São Paulo é o turismo de negócios. Aqui estão as sedes das grandes empresas e as maiores áreas para eventos do Brasil", afirmou Souza. Ele estima que as 26 unidades devem fechar 2007 com a ocupação muito próxima a 70%, o que representa um crescimento de 40% sobre o nível de 2004. "Há um fluxo grande de turistas como reflexo do crescimento econômico na cidade", diz Souza. O diretor de operações destaca que o faturamento dos hotéis da cidade foram menos afetados pela crise aérea, pois São Paulo concentra quase todos os vôos internacionais do país.
Um levantamento da Deloitte feito com 60 hotéis de quatro e cinco estrelas do Rio e de São Paulo mostra que o faturamento de janeiro até agosto deste ano aumentou em relação a 2006.
Auton prevê a continuidade na alta do faturamento até o fim de 2007, mas ressalta que o segmento não conseguirá reverter o prejuízo do ano passado. Uma outra pesquisa elaborada pela auditoria com 55 hotéis
Para Auton, as despesas com vendas foram a principal razão para a projeção de balanços no vermelho em 2007. "O Brasil perdeu competitividade com outros destinos e os hotéis tiveram que gastar mais na infra-estrutura de vendas para manter o faturamento em alta", disse.
Fonte: Newsletter Salvador da Bahia Convention & Visitors Bureau
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