Mudanças Deixam Marcas Profundas

Se não cuidarem de seus fornecedores, ou seriam parceiros, agora, não poderão contar com eles no futuro, pois terão ficado pelo caminho.


A mudança observada nesse vídeo é provisória. Em algumas semanas, ou meses, os turistas retomarão seu espaço na praia e os pássaros precisarão buscar outro pouso.

Mas uma crise como a atual deixa MARCAS PROFUNDAS. Em poucos dias de isolamento, o índice de violência doméstica no Rio de Janeiro aumentou 50%, os consultórios online dos psicólogos nunca estiveram tão congestionados, a internet nunca teve tantas lives, gestos solidários se multiplicaram. Mas, tudo isso, também, é provisório.

Mas as marcas ficam. Vivemos um momento único em que duas revoluções coexistem, a confluência da 4ª Revolução Industrial com a Guerra do Covid-19 poderá ser comparada por historiadores no futuro com a confluência da 1ª. Guerra Mundial e a Revolução Russa. Foi o fim de uma era. O tempo se acelerou, o homem se transformou, a mulher e os negros iniciaram sua luta pela emancipação. E muito, muito mais mudou.

E com a Coronavirus muito mais mudará. Todos os povos saberão a importância de um sistema de saúde devidamente preparado para emergências, e cobrarão de seus governos. Todos saberão que a falta de transparência de seus governos, mata. Todos, ou pelo menos os cultos, saberão que a ciência deve dar a última palavra. E passada a crise, todos aprenderão a ouvir a palavra dos cientistas sobre o clima. Esse é o copo meio cheio do pós-Covid-19.

Mas, na parte vazia do copo, teremos empresas que não sobreviveram, profissionais que tiveram que buscar outras fontes de sustento. Quanto a crise acabar, e um dia ela vai acabar, as empresas voltarão a realizar eventos - e elas voltarão por que precisarão fazer lançamentos de produtos que surpreendam e encantem seus consumidores, convenções que gerem experiências e profundo conhecimento de suas estratégias, estandes que promovam seus produtos e ações de PDV que demonstrem a excelência do que estão vendendo.

Mas, se não cuidarem de seus fornecedores, ou seriam parceiros, agora, não poderão contar com eles no futuro, pois terão ficado pelo caminho. E fazer eventos será ainda mais difícil, exigirá mais vivência, mais profissionalismo, pois terá que aproveitar toda cultura anterior do setor, e a experiência do uso da tecnologia adquirida no período do isolamento horizontal. Seremos híbridos, phygitais, a experiência do olho no olho será completada por plataformas online de engajamento, exponenciando o processo de formação de comunidades.

E essa será a mudança duradoura.

Fonte: Palestra proferida na live semanal da consultoria MICE+T BRASIL no dia 20 de abril de 2020