I Pesquisa Portal Eventos Impactos do Covid-19: há uma semana o vírus ainda não parecia um pesadelo

O Portal Eventos realizou uma pesquisa junto a 2.822 gestores corporativos, associativos e de agências e organizadoras de eventos, obtendo 239 respostas, sendo 200 completas, perfilando como a indústria MICE²+FDT está reagindo à pandemia do COVID-19. A pesquisa foi realizada nos dias 7 a 10 de março, antes da OMS ter declarado pandemia e diversos governos brasileiros terem orientado que eventos deveriam deixar de ser realizado.

A pesquisa é composta de 5 (cinco) perguntas. A primeira questiona “que ação tomou em relação à realização de eventos. 51% informaram não ter havido alteração, 36% que seus eventos foram adiados, 5% cancelaram eventos para mais de 1.000 pax, 6% cancelaram todos os eventos e 2% mudaram o local ou destino de seu evento.

Para melhor compreensão do ocorrido, o Portal Eventos fez dois cortes na pesquisa. Na primeira, respondida por Gestores de Eventos Corporativos e Associativos, 50% informaram não ter havido alteração, 38% tiveram eventos adiados, 8% tiveram todos eventos cancelados, 3% cancelaram eventos para mais de 1.000 pax e 1% que mudaram o local ou destino de seu evento.

O segundo corte compreendeu apenas Gestores de Agências e Organizadoras de Eventos, no qual o quadro já se mostrou menos alterado, uma vez que apenas 44% responderam não ter havido alteração, 38% tiveram eventos adiados, 8% todos os eventos cancelados, 7% com eventos para mais de 1.000 pax cancelados e, finalmente, 3% mudaram o local e destino de seu evento.

Os depoimentos de alguns pesquisados demonstram o ânimo do mercado. Segundo Silvia Zillo, da Zillo Eventos, “fomos pegos de surpresa. Ontem a cliente cancelou a participação em congressos até o final de abril. Ainda não consegui pensar em ações nesse momento”; Alessandro Ortali, da Hype, diz que “as empresas estão montando um comitê de crise para avaliar os riscos e os impactos financeiros”; segundo Renata Starke, da Villares Metais, “criamos um comitê de crise e um protocolo específico para riscos relacionados a viagens”; e Júlio Massei, da MC2, procura “diminuir a exposição dos VPs à aglomeração e à viagens internacionais”.

Questionado se houve cancelamento de eventos seus ou de seus clientes, 39% informaram que não houve cancelamento até o momento, 26% declararam ter ocorrido cancelamento total e 35% que eventos foram adiados. Quando consultados apenas Gestores de Eventos Corporativos e Associativos, 42% informaram não ter havido cancelamento de eventos, até o momento; 23% cancelaram seus eventos; e 35% tiveram seus eventos adiados. 32% dos Gestores de Agências e Organizadoras informaram que não houve cancelamento de eventos, até agora; 35% declararam ter adiado seus eventos; e 33% terem cancelados os eventos.

Por ora, não houve alteração porque nossos eventos são de âmbito nacional”, explica Fernando Procópio Ferraz, da Procópio Ferraz Congressos. Já a Bayer “está analisando caso a caso. Cancelamos a participação de colaboradores em congressos internacionais” e na Hypermarcas, “evitamos viagens e postergamos eventos, fazendo ações internas”, segundo Maria Olinda Ramos.

Outra questão importante é sobre qual a orientação as empresas tomaram em relação à participação em eventos de seus funcionários. 51% dos 200 que responderam informaram que não cancelaram a participação em eventos, 35% cancelaram a participação em eventos internacionais e 14% cancelaram participação em qualquer evento. Resultado muito similar ocorreu no recorte dos Gestores Corporativos e Associativos: 50% não cancelaram a participação, 35% cancelaram a participação em eventos internacionais e 15% cancelaram a participação de seus funcionários em qualquer evento. Nas agências e organizadoras, apenas 41% não cancelaram a participação em eventos, 38% cancelaram a participação somente em eventos internacionais e 21% cancelaram a participação em qualquer evento.

Questionados se ocorreu alteração na política de viagens ou eventos de sua empresa ou de seu cliente, 53% dos pesquisados disseram não ter havido alteração na política; 31% passaram a exigir aprovação do gestor para todas viagens e eventos e 16% passaram a exigir pré-aprovação da área de segurança e saúde da empresa. 52% dos gestores de agências e organizadoras alteraram sua política de eventos e os demais passaram a exigir aprovação de seu gestor ou das áreas de segurança, bem-estar etc.

A FIESP, segundo Isabela dos Santos Spino, está programando “um evento para falar para o público externo sobre os impactos na saúde e na indústria”. Já para Edgard Prochaska, da Bem Mais Eventos, o importante é "sermos claros e objetivos a respeito das ações que estamos tomando em todos os campos dos diversos formatos de eventos que produzimos, respeitando 100% das recomendações dos órgãos competentes”. Segundo Bruno Carvalho de Oliveira, do Grupo NC, “os eventos internacionais dos próximos dois meses foram postergados. Cancelamento na participação em congressos internacionais, após desistência de médicos convidados. Para eventos que foram confirmados e estão ocorrendo, criamos uma cartilha de Saúde e Segurança, com dicas e ações recomendadas”. Para José Tonon Junior, a Jacto está “mapeando os participantes e cuidados gerais no contato físico (evitar excesso de contato, como abraços e beijos, e ambientes de alta aglomeração de pessoas”.

Finalmente, questionados sobre quando esperam que as viagens e os eventos retomarão à normalidade, 43% responderam não saber, 45% acreditam que já no próximo trimestre, 10% que acontecerá no quarto trimestre e apenas 2% acham que somente em 2021 os eventos voltarão à normalidade.

**Tendo em vista a volatilidade que todos vivemos no mundo do Covid-19, o Portal Eventos repetirá a pesquisa nas próximas semanas.

Os interessados em responder ou receber  a pesquisa, podem entrar em contato através do Whats App: 1193282-0798

Confira abaixo resultado completo da pesquisa:


PESQUISA GERAL -  RESPOSTA DOS 200 PESQUISADOS


CORTE COM GESTORES CORPORATIVOS E ASSOCIATIVOS

CORTE COM AGENCIAS E ORGANIZADORES DE EVENTOS