Mercado de incentivos segue evoluindo, revela pesquisa da AV – Business & Communication

Pesquisa mostra: recorrer aos agentes externos para motivar clientes internos

A enquete anual realizada pela terceira vez consecutiva pela AV – Business & Communication de Argentina mostrou resultados interessantes sobre as tendências dos programas de fidelização e terceirização da indústria de incentivos. De acordo com a pesquisa, o mercado de incentivos na América Latina segue evoluindo ano a ano, imersa em mercados em mercados heterogêneos que, geralmente, se caracterizam por sua falta de estabilidade e dificuldade para prever as direções que tomarão em diferentes economias regionais.

Dentro desse contexto, a 3ª. Enquete de Incentivos e Motivação na América Latina tenta colocar em números a realidade do dia-a-dia desse mercado.  Este ano, a AV – Business & Communication de Argentina entrevistou mais de 2 mil empresários latino-americanos, com cargos como diretores, CEOs, gerentes comerciais, coordenadores de programas de incentivos, gerentes e responsáveis de recursos humanos, marketing e trade marketing. Foram mais de 100 respostas oriundas da Argentina, Brasil, Uruguai, Chile, Peru, México e Colômbia. Mesmo com diferentes entrevistados em 2006 e 2007, a continuidade do projeto permitiu a realização de uma análise comparativa das tendências nas duas pesquisas mostrando claramente quais são as mudanças que estão acontecendo nas empresas com relação aos programas de incentivo e motivação.

Uma das principais características do momento é que as empresas atravessam um nível mundial de alta rotatividade de pessoal. As condições atuais do mercado de trabalho tornam cada vez mais difícil reter os colaboradores de alto potencial, mas também aqueles que rendem pouco. Por isso, a enquete mostrou que as empresas consultadas estão dedicando seus programas de incentivo na força de trabalho interna. Comparando aos dados da enquete realizada em 2006, registrou-se um crescimento na quantidade de empresas que escolheram motivar seus próprios empregados.

Embora as equipes de venda continuem sendo os principais destinatários das ações de incentivo e motivação parece estar que parte de sua participação está sendo remanejada para outras áreas, como administração, produção até distribuição.

Nesta edição, a AV – Business & Communication de Argentina também quis questionar as razoes que motivaram as empresas a não realizar incentivos com seus empregados. A maioria dos participantes respondeu que não consideram esse tipo de ação necessária, porém chama atenção a porcentagem que não implementam por desconhecimento ou que dizem diretamente não saber qual é a razão. Em contrapartida, as perspectivas quanto ao futuro dos outros programas são muito positivas: 6 de cada 10 entrevistados crêem que é possível implementar ações de incentivos futuramente.No que se refere aos programas de incentivos/fidelização para clientes externos, muitas das tendências registradas na pesquisa estão diretamente relacionas ao que acontece em nível interno. Em primeiro lugar, assim como os programas para os próprios empregados cresceram, diminuíram os dedicados ao público externo.

Existem diferentes explicações para este movimento, uma delas é que o budget está mudando de lugar: o dinheiro extra que se destina a motivação dos empregados internos é usado para o que se destinava as campanhas externas. No entanto, se for observado melhor poderão ser descobertos outros motivos por trás destes números. Por exemplo, as áreas que se dirigem aos programas têm variado consideravelmente. Nota-se uma grande diminuição no item “consumidores finais”. Ao mesmo tempo, há incrementos em outras áreas, tais como donos de distribuidoras, atacadistas e franquias.

Quanto aos objetivos das ações, a AV – Business & Communication de Argentina descobriu que houve um incremento de mais de 20% no item "fidelizar o cliente/empregado". Concluindo, a tendência é focar mais em quem influi nas vendas, mas não somente premiando-os por faturar mais e sim com o intuito de fidelizar e mantê-los contentes. Trata-se de uma tendência mundial: empregados felizes significa clientes felizes.

Mas qual é o melhor jeito de incentivar os empregados? Nesta direção, foram feitas duas perguntas dedicadas aos prêmios escolhidos no momento de reconhecer os melhores desempenhos. As respostas demonstraram que o dinheiro perdeu o valor como ferramenta de incentivo.

Outra forma de reconhecimento que continua ocupando o primeiro lugar são as viagens de incentivo. Os destinos não mostraram muitas variações comparado ao ano anterior. O Brasil consolidou-se como o destino favorito para os latino-americanos pelas suas belezas naturais e as facilidades oferecidas pelas redes hoteleiras, como o Club Med, por exemplo. Depois, destacam-se também as Cataradas do Iguaçu, em Foz de Iguaçu, além dos destinos argentinos. Fora da América Latina, a enquete revelou a queda dos Estados Unidos, que devido às restrições para entrada no país, principalmente para turistas latino-americanos, deixaram o destino pouco interessante.

Nas mãos dos profissionais

Um dos pontos que mais tem mudado diz espeito aos resultados dos anos anteriores: cada vez mais empresas escolhem terceirizar seus programas de incentivos. Em 2006, mais do 85% dos entrevistados disseram realizar suas campanhas de motivação de forma interna. Nesta edição, só 50% optou por essa opção, a outra metade disse preferir confiar, principalmente, nas agências de marketing de incentivos ou de marketing promocional.

A pesquisa completa, em espanhol, pode ser visualizada através do link http://www.av-buscom.com.ar/news_febrero08_especial/febrero08_especial.html.