Open Travel: Coronavírus afetou o comércio de viagens corporativas

A primeira Travel Tech do Brasil diz que o ideal é adiar as viagens.

A Pandemia do Coronavírus afetou o comércio de viagens corporativas.

Segundo o CEO da Startup Open Travel, primeira Travel Tech do Brasil, Ricardo Gonçalves, o impacto é muito grande. As empresas suspenderam todas as viagens, sejam nacionais ou internacionais, para os próximos meses, sem previsão de volta por enquanto. Existe um horizonte de reavaliação para o mês de junho, quanto estima-se que o pico da pandemia no Brasil tenha passado. Para destinos internacionais vai depender do avanço e comportamento da doença e da política de fronteira de cada um. "Tivemos muitos cancelamentos de Voos e Hotéis. As Convenções e Feiras estão sendo canceladas ou postergadas par o segundo semestre de 2020", diz Ricardo.

As empresas aéreas estão dando a alternativa de suspenderem e não cancelarem as viagens. As empresas ficam com o crédito para remarcarem os trechos futuramente, sem taxa de remarcação, pagando somente a diferença de tarifa da nova data. Esta é uma proposta para contornar as viagens canceladas, do ponto de vista de reembolso das tarifas. Cada empresa definiu algumas datas e condições específicas.

Para a Startup Open Travel, o melhor a fazer é adiar as viagens, pois trata-se de um período definido e logo após essa crise o mercado vai retomar as atividades. "Entendemos que as viagens corporativas são essenciais para ampliar negócios e atender clientes e contratos. No caso da empresa solicitar o reembolso, este vai depender das tarifas pagas, que podem ter multas e taxas de cancelamento", afirma.

Para ajudar o setor aéreo, o Governo fez um acordo de um TAC (Termos de Ajuste de Conduta) entre a SENACON (Secretaria Nacional do Consumidor) e ABEAR (Associação Brasileira das Empresas Aéreas), e editou uma MP que permitirá um prazo de até 12 meses para reembolso dos valores de passagens canceladas. Esta MP está sendo bem vista pelo setor, que estão em constante contato para não deixar o impacto afetar mais ainda os fornecedores. Os Hotéis também estão praticando a mesma política para evitar os cancelamentos de reservas.

A Open Travel sentiu o grande impacto do Covid-19, com os seus clientes cancelando e suspendendo as suas viagens. Alguns clientes que estavam fora de suas bases tiveram dificuldade de retornar quando os cancelamentos de alguns voos pelas companhias aéreas, e fechamento de algumas fronteiras, começaram a ser anunciados. Tiveram que assessorar seus clientes no retorno para suas casas através de alguns roteiros alternativos, utilizando voos e localidades que não estavam fechados. A Startup Open Travel tem um aplicativo interativo ligado ao Suporte 24/7, que fornece informações e serviços para empresas e viajantes, onde quer que eles estejam. Eles podem solicitar modificações de passagens, estadias, voos alternativos e o suporte da resposta via chat. "A Plataforma conta com processos de Inteligência Artificial e Machine Learning que identifica o perfil do viajante e oferece tarifas adequadas, permitindo mais flexibilidade em remarcações e cancelamentos. Isto ajuda a diminuir perdas nessas horas", afirma o CMO Rogério Santucci.

As Viagens Corporativas estavam em pleno crescimento desde 2019. Segundo informações da Abracorp, o setor cresceu 9,5% e tinha uma previsão de continuar crescendo em 2020. "O setor de Viagens Corporativas é sensível e antecipa os indicadores de crescimento na economia", afirma Manuela Souza, COO da Open Travel e Diretora da ALAGEV.

Em pesquisa divulgada em 20 de março, a ALAGEV (Associação Latino Americana de Gestores de Viagens) levantou que 86% das viagens foram canceladas pelas empresas, 13% foram postergadas e apenas 1% mantidas. No caso de Eventos da Empresa, 68% foram cancelados ou parcialmente cancelados e 32% postergados. Participações em Eventos, 94% foram canceladas. Apesar deste cenário todo, 76% acreditam que retomam as viagens até o 3º trimestre de 2020 e 94% os eventos, diz a pesquisa.

Fonte: assessoria