Novo modelo de gestão: mais e melhores resultados

Os novos tempos demandam cada vez mais das instituições, tanto públicas quanto privadas, uma administração dinâmica, ágil, desburocratizada e transparente - exigências mínimas para a inserção do país na nova ordem internacional. A adoção de um novo modelo de gestão – com a descentralização na execução das políticas públicas, a mudança nos mecanismos de planejamento e o uso de modernas tecnologias da informação na prestação de serviços públicos - não é apenas uma exigência de um mercado altamente competitivo. Também vem de encontro às necessidades que enfrentamos diariamente na Embratur, braço do Ministério do Turismo responsável pela promoção do Brasil no exterior. Criada como empresa pública e redefinida como autarquia especial, a Embratur foi, até 2003, o único órgão federal responsável pelo turismo no país. Com a posse do presidente Lula e a criação de uma pasta ministerial exclusivamente dedicada ao setor, a Embratur iniciou um amplo processo de reestruturação e passou a ser responsável pela promoção, marketing e apoio a comercialização dos produtos, serviços e destinos turísticos brasileiros no exterior. Agora com um foco definido - a atração de turistas estrangeiros para o país -, tornou-se necessário construir conceitos, estratégias, planos e projetos. Elaboramos um plano de marketing de longo prazo, o Plano Aquarela, amplamente discutido com todos os segmentos da cadeia produtiva do turismo, resultando num aprofundamento dos compromissos que assumimos de desenvolver o mercado internacional de turismo para o Brasil. Neste momento nos encontramos na implantação e divulgação da segunda fase do Plano. O conceito estratégico é a diversificação da imagem do país. Para isto, foi integrada ao programa de promoção e marketing, a essência da cultura brasileira, sua diversidade étnica, social e cultural. O trabalho de marketing internacional da Embratur está orientado para a construção do Brasil como destino turístico moderno, com credibilidade, alegre, jovem, hospitaleiro, capaz de proporcionar lazer de qualidade, novas experiências aos visitantes e realizar negócios, eventos e incentivos – tudo com competitividade internacional. Com profissionalismo, nossas ações estão tendo planejamento, continuidade e formas criativas e inovadoras de comunicação e distribuição nos principais países emissores do mercado internacional. Os mecanismos de apoio à comercialização dos produtos, serviços e destinos turísticos estão priorizando os mercados já definidos e, com o possível aumento de recursos, poderemos incorporar também novos e promissores mercados. Porém, neste longo processo de busca por resultados e por novas formas de divulgação da imagem do Brasil no exterior, nos deparamos com diversas dificuldades de ordem administrativa, orçamentária, financeira e até legal. Para citarmos um exemplo, invocamos a criação dos Escritórios Brasileiros de Turismo e toda a discussão jurídica em que se deu a sua implantação. Nas questões orçamentárias e financeiras, temos o calendário de feiras e eventos que se inicia em setembro e termina em abril do ano seguinte - período em que o orçamento encontra-se contingenciado a maior parte do tempo. Também não temos base legal para promover parcerias com a iniciativa privada, de fundamental importância para alavancarmos o nosso potencial de promoção da imagem do país no exterior. Assim, a partir do levantamento das nossas apreensões e desejos, levados ao governo federal, fomos incluídos no programa de modernização de gestão que irá se iniciar com a possível transformação da Embratur numa fundação estatal. A proposta, caso aprovada, criará uma fundação pública de direito privado, vinculada ao Ministério do Turismo, regida por todas as normas da iniciativa privada. A governança corporativa será feita por um Conselho Deliberativo presidido pela Ministra de Estado do Turismo e que contará com a participação de órgãos públicos e privados que tenham assento no Conselho Nacional de Turismo. Além disso, uma Diretoria Executiva e um Conselho Fiscal serão parte dessa governança. Com a criação da fundação, haverá mais agilidade na contratação e os funcionários serão recompensados por bom desempenho, podendo haver ganhos por desempenhos individuais e coletivos. Como contrapartida, assinaremos um contrato de gestão com metas claras de resultado e avaliação de desempenho. Estamos trabalhando arduamente para colocar de pé mais este desafio, para o qual, contamos mais uma vez, com todo o apoio do trade turístico brasileiro.