Day Four: maior delegação brasileira da história, novas perspectivas e a certeza de que 2019 será ‘louco’

Durante meus dias em Austin, conversando com novos frequentadores e velhos conhecidos da casa, pude perceber como o SXSW tem apostado em seu próprio crescimento. Com isso, passou de um festival com foco exclusivamente na música para um evento plural em todos os aspectos e com múltiplos objetivos no que diz respeito à criatividade – seja ela aplicada ao mundo dos negócios, seja para o mundo do entretenimento.

Por Sandro Vieira*

Direto do SXSW,(South by Southwest), o mais badalado festival de inovação do momento realizado em Austin, nos Estados Unidos, Sandro Vieira, CCO da Markup nos conta tudo o que tem vivido e presenciado durante o festival que esta reunindo mais de 400 mil pessoas e que em 2018 bateu recorde de participantes brasileiros. Confira seus insights a cada dia do evento.

DAY FOUR

Durante meus dias em Austin, conversando com novos frequentadores e velhos conhecidos da casa, pude perceber como o SXSW tem apostado em seu próprio crescimento. Com isso, passou de um festival com foco exclusivamente na música para um evento plural em todos os aspectos e com múltiplos objetivos no que diz respeito à criatividade – seja ela aplicada ao mundo dos negócios, seja para o mundo do entretenimento.

Esse crescimento colocou Austin no centro das atenções e, provavelmente por isso, chamou tanto a atenção dos brasileiros. Fomos, segundo estimativas, em torno de 1.500 pessoas sedentas por novidades, recursos e ideias. Muitas delas, (por N motivos) inviáveis para o nosso universo, mas nem por isso menos incríveis.

A brasiliera Ana Ribeiro, desenvolvedora da ARVORE IMMERSIVE, e participante do SXSW Gaming, falou durante o festival sobre os desafios do mercado gamer no Brasil e as perspectivas para o VR
Foi a maior delegação da história do festival, que completou 30 anos em 2017 e que, segundo a organização, jamais recebeu tantos estrangeiros como em 2018. O desafio agora é saber o que fazer com tanta informação; replicar, adaptar e tornar a criatividade brasileira tão interessante e inventiva quanto sugere a nossa vocação para o novo.

Percebi muita gente encantada com o festival, mas meio perdida com os conteúdos, muito diversos e nem sempre aplicáveis aos negócios das várias empresas e/ou profissionais com os quais tive contato. Frustração para alguns, delírio para outros, que certamente voltam ao Brasil cheios de novos insights para suas agências, produtoras, incubadoras, estúdios e startups.

Sandro Vieira é CCO da Mark Up

Aqui nos Estados Unidos e em vários países que vieram beber dessa água benta, apesquisa e o desenvolvimento de novas ideias, independentemente do segmento, são incentivados a tal ponto que algumas instituições formam delegações e as enviam para o festival, simplesmente para “aprender”, “ver”, “ouvir” e “absorver” novas ideias e visões distintas, algo não muito comum no nosso país. Afinal, no Brasil a situação é bem diferente.

Mas no final, o que vale é a iniciativa de mil quinhentos e tantos malucos que percorreram as ruas de Austin buscando o novo. E isso é genial. Na pior das hipóteses teremos mais de mil pessoas com outros olhares e perspectivas, discutindo assuntos diversos Brasil adentro, o que é sempre um avanço positivo. Como diz a molecada “2019 vai ser louco”... e a gente vai estar lá!

*Sandro Vieira é CCO da Mark Up, agência referência em brand experience afiliada à internacional Jack Morton - markup@nbpress.com