3 lições para o varejo apresentadas na Autocom 2018

A Feira trouxe novidades tecnológicas já disponíveis para alavancar os negócios e se adequar a realidade do consumidor moderno.

A 20ª edição da AUTOCOM - Feira Internacional de Automação para o Comércio, realizada pela Associação Brasileira de Automação para o Comércio (AFRAC) nos últimos dias reuniu fabricantes, canais e consumidores que, além de visitar o espaço, puderam gerar novas conexões e negócios. E para trazer a nova realidade moderna para dentro do ponto de venda, os estabelecimentos precisam se inteirar do comportamento do seu público e, para isso, é preciso gerir e adequá-lo para atender da maneira mais eficiente e eficaz esse consumidor totalmente conectado, com tempo reduzido e ligado nas últimas novidades e tendências mundiais.

“Trouxemos informações de qualidade para auxiliar no desenvolvimento do comércio, vindas de nomes já consolidados no mercado com a AUTOCOM Talks. Soluções de ponta com os nossos 65 expositores e algumas delas aplicadas em nossa loja modelo, o Retail Experience, em que os visitantes puderam experimentar na prática a funcionalidade de cada novidade. Nós queremos que o varejista veja em um só lugar uma série de aplicações que transformam uma loja no melhor que ela pode ser hoje, impulsionando os resultados para seguir na contra mão da crise, alavancar oportunidades e se colocar em lugar de destaque”, conta o presidente da AFRAC, Zenon Leite.

Com isso, destacaram-se três principais lições que ensinam o gestor que a aplicação de tecnologia no negócio é a melhor saída para proporcionar o melhor atendimento para o cliente e tornar a administração mais assertiva para futuras tomadas de decisões e planejamento estratégico adequado.

Gestão de negócios

Um dos principais pilares apresentados na edição de 2018 da AUTOCOM foi a questão da melhor gestão de negócios por meio da automação. As inovações trouxeram maneiras diferentes de captar informações do perfil de público, das áreas quentes de loja, dos produtos mais vendidos, das combinações de vendas e dias da semana, dentre uma infinidade de dados que podem ser recolhidos e assimilados para uma administração mais assertiva dos recursos para alavancar as vendas.

Além de gerir a parte de marketing, essas soluções auxiliam na demanda interna, como, por exemplo, cruzar dados de estoque de diferentes lojas ou de ponto de venda físico e online e, assim, evitar que se perca uma venda por falta de produto ou até mesmo alertar o setor de compras ou distribuição que certo item está acabando para que não haja ruptura.

Essas funcionalidades podem surgir de diferentes equipamentos como, por exemplo, softwares de vendas ou controle fiscal e até sensores que captam dados dos consumidores de maneira voluntária, com um alerta que sugere um cadastro para receber vantagens, ou involuntariamente, apenas com a presença na loja com um celular com a função Wi-Fi ativada, por exemplo. Essas informações são analisadas por um sistema e podem ser utilizadas para que o planejamento de ações fique mais claro para o lojista e proveitoso para o consumidor.

Experiência de compra

Mais do que apenas entrar em um comércio e comprar um produto ou ir até um restaurante e desfrutar de bebidas e comidas, o consumidor está interessado em ter uma boa experiência. E algumas aplicações da automação podem auxiliar nessa questão. Como, por exemplo, um aplicativo de realidade aumentada que permite receber promoções exclusivas ou mais informações sobre o produto que se deseja quando a câmera do celular é direcionada à gôndola do supermercado.

Através de cadastro específico, o app poderá saber sua trajetória de compras até ali e sugerir uma combinação de vinho para a pasta que está prestes a escolher, tudo isso de acordo com as suas preferências detectadas anteriormente. Ainda em um ambiente de loja, outra solução apresentada durante a feira que sugere uma experiência diferenciada ao consumidor são as prateleiras interativas que apresentam em um visor mais informações sobre o item assim que ele é retirado da prateleira onde está posicionado.

Em um ambiente de restaurante ou sorveteria por quilo, as balanças integradas a uma impressora de comandas traz mais agilidade para a fila. Quando se fala em um local com pedidos à la carte, é possível disponibilizar o menu em um tablet para que o pedido seja feito diretamente à cozinha e as especificações de personalização sejam detalhadas pelo próprio consumidor. Assim, o cliente recebe mais autonomia e a chance de erros com os pedidos é reduzida.

Agilidade no checkout

Contrariando o senso popular que diz que brasileiro adora uma fila, o que se vê na prática é o contrário. O consumidor moderno está em busca de agilidade em todas as ações do dia a dia e mesmo que utilize algumas horas para escolher seus produtos dentro de um comércio, no momento do encerramento da compra a impaciência começa a existir e a probabilidade de desistência aumenta caso a demora para o pagamento seja grande.

Para evitar que essa situação ocorra e as lojas percam vendas, principalmente em períodos sazonais ou dias e horários de pico, as formas de pagamento estão cada vez mais modernas. No supermercado, por exemplo, já estão disponíveis para serem aplicadas as máquinas de self checkout com a novidade de devolução de troco em espécie para pagamentos em dinheiro. O consumidor leva suas compras até esse caixa, passa suas compras no leitor e coloca na sacola, que fica acoplada a uma balança. O equipamento identifica os produtos, checa se está de acordo com o peso e libera o pagamento, tudo de maneira autônoma para o cliente.

Existe também a novidade Papa Filas, que consiste em um bipador com uma mini impressora. O funcionário da loja se dirige até a fila, capta o código de barras de todos os produtos selecionados pelo cliente, pode já embalá-los e entrega um papel com um QR Code que será lido pelo caixa. Dessa forma, o local se torna apenas uma estação de pagamento, evitando que o cliente tenha que tirar todos os produtos do carrinho e recoloca-los após a leitura.

No restaurante ou em lojas de vestuário, por exemplo, os equipamentos de recebimento reduziram de tamanho e permitem que a finalização da compra seja feita em qualquer ambiente, não precisando ter um caixa fixo e eliminando de vez a fila. Os dispositivos bipam os produtos, encerram a conta, recebem pagamentos e imprimem o cupom fiscal.



Fonte: Assessoria