Serra gaúcha vai inaugurar novas atrações

Vilarejo alpino com pista de patinação em Gramado será inaugurado até o final do ano.

Além da notoriedade da beleza natural do município de Canela e da fama de cidade-sede do Natal Luz, do frio e do chocolate que Gramado carrega intrinsecamente ao nome, outra referência tem se associado aos dois principais destinos da Serra gaúcha: os parques temáticos. Cada um dos mais de 10 empreendimentos do gênero, que surgiram na carona dos famosos parques naturais da região, tem registrado milhares de visitações a cada ano. Os números de ingressos variam de 200 mil a 600 mil por parque temático em um período de 12 meses.

A febre dessas atrações, impulsionadas por investidores e empresários e alimentadas principalmente por famílias com crianças em busca de diversão, é vista de forma positiva entre os gestores municipais, mas não sem algum receio. “Os que vêm para agregar são bem-vindos, mas é preciso ter controle no crescimento desses projetos, para não ficarmos com a cidade toda voltada aos parques temáticos. Não queremos perder a característica de uma região voltada para o meio ambiente, para o verde”, pondera o secretário municipal de Turismo de Canela, Leandro Oliveira. 

Ele se refere aos mais de 26 empreendimentos, entre parques naturais e temáticos situados em Canela. O próprio poder público da cidade administra alguns, como o Parque do Caracol e o Parque da Ferradura, ambos com apelo de integração com a natureza e entre os pioneiros da região. “O do Caracol é o terceiro ponto mais visitado do Brasil, perdendo somente para o Cristo Redentor, no Rio de Janeiro, e para as Cataratas do Iguaçu, no Paraná”, gaba-se Oliveira.

Segundo ele, o Parque do Caracol recebe anualmente em torno de 600 mil pessoas com ingressos pagos, além daquelas que entram com cortesias, a exemplo de alunos de escolas públicas, instituições carentes, qualquer morador do município e agentes de viagens e operadores de turismo em missão de conhecer as cascatas e trilhas distribuídas em 25 hectares de área. Também o Parque da Ferradura encanta pela convivência possível com a natureza, atraindo muitos visitantes, principalmente turistas de aventura. Mas Canela ainda tem muitos empreendimentos privados de entretenimento, que também são muito frequentados: entre os mais famosos, o Mundo a Vapor conta a história da cidade apresentando 20 miniaturas de estabelecimentos comerciais do início do século XX. As atrações começam na fachada, que conta com uma réplica de acidente ferroviário francês.

Mais integrados com a natureza, o Alpen Park e o Terra Mágica Florybal enchem os olhos e oferecem muitas formas de aventura e diversão para toda a família. O primeiro, localizado a cinco minutos do centro de Canela, foi inaugurado em 2003 e consolidou-se como um dos maiores complexos da Serra Gaúcha, registrando um crescimento de público a cada ano. Entre as atrações, as principais são a pista de trenó de 950 metros e cheia de curvas, os passeios de quadriciclo, o cinema 4D, e atividades ao ar livre como tirolesa, escalada, rapel e arvorismo. “O Super Salto é a mais nova brincadeira, que envolve a força da gravidade e possibilita sentir a liberdade de estar voando”, destaca diretor do empreendimento, Renato Fensterseifer. “Desde o início, sempre buscamos nos diferenciar, trazendo atrações que não existiam na região. Acabamos trazendo diversões inéditas, inclusive em nível de América do Sul”, completa.

Fensterseifer diz que um dos equipamentos mais inovadores é o simulador interativo que oferece jogos com projeção de imagens em 3D e com a tecnologia sensorial 4D, que possibilita sentir o vento, respingos d´agua e movimento das cadeiras. O Alpen Park também conta com uma montanha-russa, com um percurso de 438 metros, em uma altura de 15 metros, alcançando uma velocidade média de 55 km/h.

Ali perto, localizado em ampla área verde, com 4,9 hectares, o Terra Mágica Florybal foi inaugurado em dezembro de 2011 e oferece em torno de mil esculturas de dinossauros (muitas em tamanho real), índios, animais silvestres e personagens bíblicos esculpidos no cimento, fibra de vidro e ferro. Réplicas de dinossauros e animais que se mexem e emitem sons estão pelas trilhas que cruzam o parque, onde também se encontram muito verde, degustação de chocolate, caverna de primatas, aldeia de índios, minas de chocolates e pedras preciosas, fazendinha de cacau, teleférico, entre outros. Para ser implementada, a estrutura do parque custou mais de R$ 5 milhões. De acordo com o gerente-geral, Marcelo Pereira, valeu o investimento. “Somente no primeiro ano, mais de 150 mil pessoas visitaram o local, e a nossa estimativa é de que o público aumente em 50% até o final deste ano.”

Municípios terão pelo mais duas novas atrações

Um novo parque temático surgirá em Canela nos próximos quatro anos, informa o secretário de Turismo do município, Leandro Oliveira. “Será um dos maiores parques da América Latina, com total aproveitamento da natureza, em uma área enorme”. O empreendimento custará entre R$ 120 milhões e R$ 180 milhões, e deverá ter uma série de atrações desde museus, montanha russa (onde o turista irá poder visualizar todo o vale do entorno), mini zoo, até espaços para shows e gastronomia.

Em Gramado, um investimento de R$ 60 milhões ergueu o parque Snowland, idealizado pelos irmãos André e Anderson Caliari, previsto para ser inaugurado no início do quarto trimestre deste ano. As obras estão no final, segundo o porta-voz do grupo de investidores, André Caliari. “A estrutura está toda pronta, estamos terminando a parte do decorativo.”

Resultado de mais de cinco anos de projeto, o local irá reunir um vilarejo alpino, com pista de patinação e espaço para fotos, vestiário (para o visitante colocar roupas térmicas), travessia para área de neve, espaço kids com playground para crianças brincarem na neve, fazendo bonecos, iglus e castelo, hot café, área de animais mecatrônicos, entre extintos e sobreviventes da era glacial, área de esportes como esqui e snowboard. “A ideia é promover experiência de neve completa aos visitantes”, diz Calirari. De acordo com Caliari, ape­sar de a temperatura de alguns espaços do Snowland funcionar abaixo de zero, o ambiente não será gélido: o ar será controlado, e constantemente renovado, explica.

Também em Gramado, uma atração da marca Caracol Chocolates segue a mesma linha dos parques, promovendo um “passeio temático”: O Reino Encantado do Chocolate recebe 200 mil visitas por ano. São escolas, excursões e famílias inteiras que pagam R$ 10,00 para ingressar no ambiente onde é feito um resgate histórico do produto. Criado em 2008, com um investimento de R$ 1,47 milhão, o espaço ocupa 1,6 mil m², onde são apresentados diversos ambientes, desde uma pirâmide que expõe rituais, escritos e calendário dos povos Maias, Toltecas e Astecas, passando pela corte do rei Carlos V da Espanha e a cozinha de um mosteiro do século XVI, onde é realizada uma receita de chocolate.

Durante o passeio, o turista encontrará bonecos de figuras históricas como o imperador asteca Montezuma, o descobridor espanhol Hernán Cortés e o rei espanhol Carlos V. De acordo com o proprietário do empreendimento, Julinho Cavichioni, recentemente o local foi repaginado. “Investimos mais R$ 360 mil para inserir bonecos que interagem com o público, contextualizando cada um dos setores”, explica o empresário. Segundo ele, as explicações dos períodos históricos eram contatas por escrito, em quadros afixados no local. “Trocamos, porque infelizmente as pessoas não têm mais paciência para ler”, lamenta.

Um novo parque temático surgirá em Canela nos próximos quatro anos, informa o secretário de Turismo do município, Leandro Oliveira. “Será um dos maiores parques da América Latina, com total aproveitamento da natureza, em uma área enorme”. O empreendimento custará entre R$ 120 milhões e R$ 180 milhões, e deverá ter uma série de atrações desde museus, montanha russa (onde o turista irá poder visualizar todo o vale do entorno), mini zoo, até espaços para shows e gastronomia.

Em Gramado, um investimento de R$ 60 milhões ergueu o parque Snowland, idealizado pelos irmãos André e Anderson Caliari, previsto para ser inaugurado no início do quarto trimestre deste ano. As obras estão no final, segundo o porta-voz do grupo de investidores, André Caliari. “A estrutura está toda pronta, estamos terminando a parte do decorativo.”

Resultado de mais de cinco anos de projeto, o local irá reunir um vilarejo alpino, com pista de patinação e espaço para fotos, vestiário (para o visitante colocar roupas térmicas), travessia para área de neve, espaço kids com playground para crianças brincarem na neve, fazendo bonecos, iglus e castelo, hot café, área de animais mecatrônicos, entre extintos e sobreviventes da era glacial, área de esportes como esqui e snowboard. “A ideia é promover experiência de neve completa aos visitantes”, diz Calirari. De acordo com Caliari, ape­sar de a temperatura de alguns espaços do Snowland funcionar abaixo de zero, o ambiente não será gélido: o ar será controlado, e constantemente renovado, explica.

Também em Gramado, uma atração da marca Caracol Chocolates segue a mesma linha dos parques, promovendo um “passeio temático”: O Reino Encantado do Chocolate recebe 200 mil visitas por ano. São escolas, excursões e famílias inteiras que pagam R$ 10,00 para ingressar no ambiente onde é feito um resgate histórico do produto. Criado em 2008, com um investimento de R$ 1,47 milhão, o espaço ocupa 1,6 mil m², onde são apresentados diversos ambientes, desde uma pirâmide que expõe rituais, escritos e calendário dos povos Maias, Toltecas e Astecas, passando pela corte do rei Carlos V da Espanha e a cozinha de um mosteiro do século XVI, onde é realizada uma receita de chocolate.

Durante o passeio, o turista encontrará bonecos de figuras históricas como o imperador asteca Montezuma, o descobridor espanhol Hernán Cortés e o rei espanhol Carlos V. De acordo com o proprietário do empreendimento, Julinho Cavichioni, recentemente o local foi repaginado. “Investimos mais R$ 360 mil para inserir bonecos que interagem com o público, contextualizando cada um dos setores”, explica o empresário. Segundo ele, as explicações dos períodos históricos eram contatas por escrito, em quadros afixados no local. “Trocamos, porque infelizmente as pessoas não têm mais paciência para ler”, lamenta.

Fonte: Jornal do Comércio