Setor de Cruzeiros vence batalha do visto de seus funcionários

Decreto publicado no Diário Oficial prolongou para 180 dias validade dos vistos e evita a perda de 7 mil empregos e R$ 450 milhões na economia.

Os amantes dos cruzeiros marítimos têm motivo para comemorar. O Decreto Presidencial número 9.500, publicado hoje no Diário Oficial aumentou de 90 para 180 dias a validade do visto dos profissionais que trabalham nos navios em viagem de longo curso. O texto afasta o risco do Brasil ter uma temporada reduzida de 120 para 90 dias em 2018/2019.

Pelas estimativas da entidade que representa os navios de cruzeiros, CLIA Brasil, com base na última temporada, caso a duração da estada dos navios na costa brasileira fosse encurtada, a economia nacional perderia 7 mil empregos e R$ 450 milhões.

Para os cruzeiros marítimos, o aumento na validade do visto para marítimos representa uma redução no custo operacional com taxas em R$ 5 milhões. “Essa era uma demanda histórica, que ajuda a simplificar a nossa operação e, consequente, facilita a busca por novos navios para a próxima temporada. É mais um entrave que, com a ajuda fundamental do Ministério do Turismo, com a ajuda da Casa Civil e a atuação determinante da Presidência da República a gente consegue superar”, comentou Marco Ferraz, presidente da CLIA Brasil.

A temporada 2018/2019 de cruzeiros começa em novembro e terá sete navios de cabotagem, com viagem com início e fim nos portos nacionais, e 29 embarcações de longo curso, com escalas no país. Em média os navios permanecem 120 dias em operação no Brasil. Uma eventual redução para 90 dias representaria uma perda de 25% na movimentação econômica e geração de emprego. De acordo com estudo da FGV, o impacto médio de gasto por passageiro nos locais de desembarque é de R$ 515.

"Não podemos nos dar ao luxo de perder esses empregos e a injeção desses recursos na nossa economia. Temos a obrigação moral de abrir postos de trabalho e criar alternativas para a população. O turismo tem diversas soluções nesse sentido", comentou o ministro do Turismo, Vinicius Lummertz.