A WTM Latin America começou a todo vapor, confira

A feira espera receber cerca de 27 mil profissionais do setor, e pelo menos, 640 empresas brasileiras e estrangeiras expondo produtos
Corte da fita na abertura oficial da 11ª edição do evento

Com o tema “The Future is Open. Be the change”, começou, nesta segunda-feira (15), no Expo Center Norte, em São Paulo, a 11ª edição da WTM Latin America, considerada uma das mais importantes feiras de turismo e negócios da América Latina. A feira, que finaliza na próxima quarta-feira (17), teve um aumento de 20% em sua área útil, com relação ao ano anterior, ocupando 7,2 mil metros quadrados.

A abertura oficial do evento contou com diversas autoridades e representantes do trade, e ocorreu em um dos palcos montados no pavilhão. Bianca Pizzolito, diretora da feira, falou sobre a trajetória da WTM e, exclusivamente, sobre a importância e expectativa para o evento.

A WTM ta indo para a 11ª edição em 2024, e nós estamos muito felizes com os resultados, com o aumento do número de expositores, credenciados, compradores e agentes de viagens, então tem tudo para ser um evento brilhante. Esse é o primeiro momento, o primeiro dia, e esse ano nós vamos falar muito sobre diversidade e sobre inclusão, o nosso prêmio de Turismo Responsável está, inclusive, mais latino e mais conectado com a realidade latino-americana, estamos lançando também a Rota da Diversidade, justamente para valorizar as iniciativas de diversidade por aqui, e esse tem tudo para ser um ótimo evento”, afirmou Pizzolito.

O futuro e a ancestralidade 

A décima primeira edição do evento conta também com o lançamento da Rota da Diversidade, que conta com o objetivo de incentivar e destacar projetos inovadores com temáticas acerca do Afroturismo, Turismo LGBTQIA+ e Turismo 60+.

Dessa forma, os temas estariam intrinsecamente ligados ao futuro que aguarda o turismo. “Vemos a ancestralidade como uma ponte que conecta o passado e o futuro, que nos faz entender as mudanças que precisam ser feitas para que possamos promover o turismo do futuro. Em um paralelo ao nosso setor, precisamos perder o medo e abraçar a mudança em prol de um mundo melhor”, contou Bianca.

Daniel Munduruku, do povo Munduruku, trouxe reflexões acerca do pertencimento e necessidade coletiva para o desenvolvimento de uma comunidade. Somos mais de 300 povos e 274 línguas num mesmo pais. Quase sempre, somos mais de 300 pontos de vista que não são observados e 274 línguas que não são aprendidas. Nenhum povo deveria impor sobre outro qualquer tipo de comportamento porque aquele próprio povo já tem todas as respostas de seus questionamentos”, disse.

Exclusivamente, Daniel falou também sobre a importância da presença indígena em grandes feiras e eventos. “Não é muito comum que eventos como este tenham a presença indígena, sobre tudo como palestrante em uma cerimônia de abertura. Nós somos muito mais expectador do que protagonistas, normalmente, e isso tudo me dá uma sensação de avanço nesse tipo de organização de eventos. Começamos a perceber que a presença indígena é imprescindível nesse momento que vivemos no mundo, onde o mundo pensa sobre o futuro mas não consegue saber o que é o futuro. Dessa forma, os indíginas são a voz que ajudam as pessoas a refletirem sobre o futuro e isso me dá uma sensação muito positiva de que a presença indígena só tem feito bem à sociedade, e portanto, essa sociedade só tem a ganhar”, disse.