Eventos, mesmo na era digital, conectando pessoas

Não é por máquinas e sim por nós, que criamos ações para serem comentadas, divulgadas, criticadas, alteradas, vistas e frequentadas.

Eventos hoje em dia podem ser divulgados via bluetooth, confirmados via torpedo, comentados num blog, acompanhados pelo Twitter, virarem uma comunidade de Orkut, assistidos num site, revistos no YouTube, Facebook, Linkedin ... enfim as suas potencialidades foram alargadas pela rede tecnológica. E não me venha dizer que isso é o fim dos eventos, isso é Oportunid@de de impacto, é Oportunidade de mais eventos para novos nichos e modismos. Infinitas Oportunidades, e isso tudo é gerado por quem?

Não é por máquinas e sim por nós, que criamos ações para serem comentadas, divulgadas, criticadas, alteradas, vistas e frequentadas. O que a tecnologia proporciona é uma abrangência das oportunidades nos eventos.

Como organizadores, mais do que estarmos antenados e percebermos as oportunidades e usos da tecnologia; não somente como novidade, mas também com a funcionalidade que ela permite.

A tecnologia veio para democratizar ações de eventos, num país que hoje tem 60 milhões de internautas, além de proporcionar outras maneiras de contato e formatos. Algumas ocorrências interessantes:

  • Chats entre palestrante e plateia distante;
  • Perguntas enviadas via SMS para a mesa diretora de uma conferência;
  • Aparelhos de obtenção de informações como: palms, spot me, blackberry...;
  • Votação eletrônica para pesquisa de satisfação on time;
  • MC* de bonecos virtuais interativos;
  • Robôs;
  • Hostess virtual;
  • Simuladores e games;
  • Anais na forma de pen drive para serem utilizados durante o evento e inserção de comentários (ou leve o CD);
  • Credenciamento eletrônico e convites com código de barra;
  • Catracas com digitais;
  • Cenografia com holografia e realidade aumentada;
  • Feiras virtuais;
  • DJ-MP3;
  • Tweets com fotos;
  • Vídeo mapping, entre outros.

Na era digital, além das ferramentas, temos o homem fruto deste momento.

Eu, nos meus 40 anos de vida, anexei a tecnologia ao meu cotidiano (senão ficaria obsoleta), a geração Y nasceu com ela, e a Z, W ... já está pintando por ai. O formato de eventos vai ter que mudar também, já está mudando de certa forma, mas não esqueça que temos muito babyboomers andando nos eventos por ai.

As pessoas são imediatistas, têm menos tempo, as formalidades devem respeitar uma globalização de costumes; a interatividade é maior. Isso tudo impacta, seja na forma de convidar; na maneira de servir; na relevância das informações; no questionamento da qualidade, no tempo de exposição.

Acredito que teremos: eventos mais focados; média/curta duração; informais; multi-plataformas; além do surgimento de novos eventos advindos desse boom tecnológico. Haja vista: Congresso de Educação Second Life (alias a própria tecnologia sumir, rs); Webinars, Concurso de melhor blog; Prêmio de melhor site; Exposição de HoloArte; Desafio Wii, sem contar os File, Campus Party, Copa de Games, e muito mais que vem por ai.

O mais importante de tudo isso é que a tecnologia não substitui o contato humano, mesmo que ele se inicie de forma virtual, como diz Peruzzolo (2009) “o social tem que ser vivido no humano, não no tecnológico”.

Vamos aos eventos na era tecnológica, das novas mídias, com as redes sociais, mas conectando pessoas, sabendo se elas gostaram daquilo que pensamos ou não.