Visitando o Rio Cultural com transporte público

O Rio de Janeiro e suas inúmeras exposições gratuitas em centros culturais. A visita ao centro do Rio com transporte público para conhecer as exposições do Centro Cultural Banco do Brasil e da Casa França-Brasil. O novo terminal Gentileza de transporte público coordenado.

Hoje você é meu convidado(a) para entender a possibilidade de conhecer o Rio, com transporte público.

Poucas cidades no mundo dispõem de centros culturais gratuitos, com excelentes exposições, como o Rio de Janeiro. O calor insuportável que paira na Cidade Maravilhosa há meses nos faz procurar lugares dotados de ar condicionado para nosso entretenimento. Assim, resolvo visitar algumas exposições no centro, em pleno domingo, utilizando o transporte público.

Como moro na Barra Olímpica, a jornada cultural começa com o BRT, na estação Terminal Olímpico. A passagem custa R$ 4,30 (quatro reais e trinta centavos) e a estação está limpa, mas sem segurança presente. O wifi funciona e as informações sobre os horários devem ser consultadas através de um QRCode. A viagem até ao Jardim Oceânico dura aproximadamente 40 minutos, em ônibus novo e climatizado. No Jardim Oceânico pego a linha 4 do metro em direção ao Centro. Não há integração entre o BRT e o metrô, e pago R$ 6,90 (seis reais e noventa centavos). Climatizado e limpo, vou sentado no vagão com apresentações musicais de artistas autônomos, e em 25 minutos desço na Estação Carioca, no Centro.

Vou caminhando para a Praça XV e vejo uma população de rua crescente e nenhum policiamento. Minha primeira parada é o Paço Imperial. Visito as exposições "Entrocados, Enroscados e Estirados", com curadoria de Felipe Scovino e Kaeidoscópio, promovida pela Escola de Belas Artes da UFRJ, com obras de discentes de Belas Artes. Só se pode fotografar com celular. Aproveito para ir ao banheiro, que está em boas condições.

Sigo então para o Centro Cultural Banco do Brasil, onde me emociono com as fotos de uma sensibilidade única da mostra Hiromi Nagakura até a Amazônia, com Ailton Krenak. São quase 45 minutos parando e admirando cada foto. Como saí cedo de casa, resolvo fazer um lanche na Colombo, que está outorgando 50% de desconto em função do aniversário da Cidade. Os croquetes de carne estão gostosos, assim como a caipvodka. Mas a coxinha de galinha estava fria e sem gosto.

É hora de visitar a última exposição, na Casa França Brasil, que papai dirigiu alguns anos no finalzinho de sua carreira. A exposição Boneca de Papel, da artista Maria Fernanda Lucena, com curadoria de Bruna Araujo. Temos a impressão que atravessamos a pluralidade de corpos presentes, criativos e que nos fazem refletir sobre a junção da criatividade e da razão. Falta ao local um bistrô, uma loja de souvenirs e maior interatividade.

Para finalizar um dia repleto de emoções com muita gentileza e eficiência nos procedimentos de visitação, nomeadamente no Centro Cultural Banco do Brasil pego o VLT na Rio Branco para conhecer o Terminal Gentileza. Chego em 20 minutos, acredito, e me surpreende a organização, sinalização, limpeza e atenção dos colaboradores. Alguns passageiros esperam o BRT para o Aeroporto Tom Jobim. Quando há vontade política, o transporte carioca funciona.

Um pouco cansado com tantas emoções faço o caminho de volta. Com RS 35,00 visitei o Rio Cultural e aproveitei um transporte público que funcionou climatizado e com tempo de espera factível.

Sim, meu Rio me dá alguns prazeres únicos...